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SÃO PAULO – Além da temporada de balanços, outras notícias corporativas chamam atenção do investidor no “after market” desta terça-feira (9). Confira os destaques da noite:
Gerdau (GGBR4)
A Gerdau informou nesta noite que aprovou a recompra de até 10 milhões de ações preferenciais ou ADRs (American Depositary Receipts), representando, no total, aproximadamente, 1,13% das suas ações preferenciais em circulação no mercado. O prazo para aquisição será de um mês, ou seja, 12 de setembro. As operações serão intermediadas pelas corretoras do Itaú Unibanco, Bradesco e Merryll Lynch. Vale mencionar que na manhã da próxima quarta-feira a siderúrgica irá reportar seu balanço do 2° trimestre.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras pediu que a Odebrecht Óleo e Gás paralise quatro de seis sondas de perfuração que estão em atividade, um movimento da petroleira estatal que pode levar a fornecedora de equipamentos a pedir recuperação judicial, segundo duas fontes a par do assunto disseram hoje à Reuters. Bancos e investidores da Odebrecht O&G acompanham a situação com preocupação, dado que as partes já tinham avançado num reescalonamento do calendário de pagamentos de juros da OOG desde que a Petrobras cancelou o contrato do navio-sonda ODN Tay IV, uma das quatro plataformas que garantem bônus da empresa, em setembro passado.
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Cemig (CMIG4)
A Cemig contratou dois bancos para vender a fatia na Light (LIGT3), segundo fonte com conhecimento sobre o assunto disse à Reuters. A fonte, que pediu anonimato, disse que a Cemig autorizou unidades dos bancos de investimentos do Santander e Votorantim a conduzirem a venda de 39% de sua fatia direta e indireta na elétrica.
Usiminas (USIM5)
A Usiminas informou nesta noite que trabalha para ter Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de no mínimo R$ 1,2 bilhão em 2017. A companhia também trabalha com Ebitda de R$ 2 bilhões a partir de 2019, informou o comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta noite. A meta foi definida a fim de ter condições de cobrir as necessidades financeiras relacionadas ao custo de suas dívidas e dos investimentos correntes em suas operações, disse a empresa.
Guararapes (GUAR3)
A Guararapes, controladora da Riachuelo, registrou lucro líquido de R$ 36,3 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 51,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida consolidada da companhia ficou em R$ 1,46 bilhão, com alta de 10,3% na comparação anual. No critério “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de 12 meses), houve um crescimento de 1,5% das vendas.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 115,6 milhões, com queda de 32,2% na comparação anual, impactado pelo aumento de 11,5% nas despesas operacionais. Já a margem Ebitda ajustada sobre a receita líquida de mercadorias atingiu 12,5% no trimestre, queda de 5,8 pontos percentuais sobre igual período de de 2015.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela viu seu lucro líquido cair 62,1% no segundo trimestre em um ano, para R$ 45 milhões no segundo trimestre deste ano. Já a receita líquida caiu 43,7%, para R$ 641 milhões, que aliada às contingências de R$ 33 milhões foram responsáveis pelo menor lucro do período. A margem bruta da companhia passou de 35,1% no segundo trimestre do ano passado, para atuais 39,6%.
Comgás (CGAS5)
A Comgás viu seu lucro líquido subir 53,3% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 330,4 milhões. Entre outros fatores, a melhora no balanço reflete a redução do custo dos bens ou serviços vendidos, que passou de R$ 1,09 bilhão para R$ 729,4 milhões, uma queda de 49,5%.
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Já a receita líquida caiu 10,6% no trimestre, para R$ 1,49 bilhão, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 641,2 milhões, alta de 35,4% na comparação anual. O volume total de vendas de gás pela companhia caiu 22,7%, para 1.020 milhões de metros cúbicos.
Iguatemi (IGTA3)
A administradora de shopping center teve lucro líquido de R$ 34,4 milhões no segundo trimestre, uma queda de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço foi afetado pelo aumento das despesas, que somaram R$ 13,8 milhões e acabaram anulando o avanço de 4,1% nas receitas no trimestre, que chegaram a R$ 162,8 milhões.
As vendas no conceito “mesmas lojas” – unidades abertas há pelo menos 12 meses – cresceram 3% no trimestre, com destaque para os segmentos de moda e saúde e beleza, que juntos representam 40% do total da receita. A companhia reiterou suas projeções para 2016, com crescimento previsto entre 5% e 10% na receita.
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Senior Solution (SNSL3)
Mesmo diante de um cenário econômico complicado, a companhia desenvolvedora de softwares Senior Solution conseguiu se manter em evolução no primeiro semestre deste ano, registrado entre abril e junho o terceiro trimestre seguido de alta em sua receita. A companhia encerrou o período com receita líquida recorde de R$ 20,5 milhões, uma alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) teve avanço ainda mais expressivo, atingindo R$ 2,7 milhões, com evolução de 27,3% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto a margem Ebitda ficou em 13,1%, uma expansão de 2,0 p.p.. Segundo a companhia, isto mostra um bom controle de custos e despesas, assim como um contínuo ganho de sinergias provenientes das duas aquisições realizadas em 2015.
Em entrevista ao InfoMoney, o presidente da companhia, Bernardo Gomes, ressaltou que este foi um ótimo trimestre, com melhora nos números mesmo com o aumento de 2,5 p.p. na alíquota de INSS desde dezembro de 2015 e o cenário macro mais complicado. Segundo ele, a alta de 12,9% no lucro bruto, para R$ 7,6 milhões, mostra um bom controle de custos e despesas, além do fato da companhia ainda estar capturando sinergias das aquisições feitas no fim do ano passado.
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Gomes ainda destacou as receitas recorrentes, que atingiram R$ 16,3 milhões, representando 79,2% do total das receitas, o que, segundo ele, “é um importante patamar que assegura a previsibilidade das receitas da companhia em um ambiente econômico instável”.
Daycoval (DAYC4)
O lucro líquido contábil do Banco Daycoval caiu 16,9% no segundo trimestre de 2016, para R$ 69,2 milhões. Em termos ajustados, que desconsidera o efeito negativo de marcação a mercado do hedge de captações externas do banco, o lucro cresceu 8,9% na comparação anual, para R$ 87,8 milhões. Já o retorno sobre patrimônio líquido ajustado do banco recuou de 13,4% no primeiro trimestre para 12,3% no segundo, ficando praticamente estável ante os 12,2% do mesmo período do ano pasado.
Positivo (POSI3)
A fabricante de computadores Positivo registrou lucro líquido de R$ 12,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 39,6 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia subiu 24,8%, para R$ 564,5 milhões, refletindo, principalmente o avanço de preços médios em todas as categorias de produtos.
Ajudou na evolução do balanço as vendas de telefones celulares, que atingiram volume de 747,5 mil, com alta de 146%. Porém, a companhia foi favorecida pela entrada no mercado de de Ruanda para venda de PCs. No total, as vendas de PCs somaram 302,9 mil unidades, ficando praticamente estável em relação ao período anterior. No Brasil, as vendas de computadores recuaram 16,4%, enquanto as da marca Positivo BHG na Argentina e em Ruanda cresceram 74,9% no trimestre.