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O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, antecipou a volta para o Brasil nesta quarta-feira de Washington, onde cumpriu na véspera agendas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Galípolo, que viajou com a delegação do BC para participar das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, a princípio teria compromissos na cidade até quinta-feira, segundo agenda prévia divulgada pelo BC.
Na terça-feira, o diretor acompanhou Haddad em um encontro com a diretora do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Lael Brainard — cotada para assumir a secretaria do Tesouro no caso de vitória da democrata Kamala Harris nas eleições de novembro –, e participou de almoço com representantes do Brasil no FMI e no Banco Mundial, sendo o único representante do BC em ambos os eventos.
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Uma fonte, que falou em anonimato devido à sensibilidade do assunto, afirmou que a proximidade e interlocução com o ministro reforçou nos círculos em Washington uma imagem de “pato manco” para o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que fica na instituição até dezembro, o que teria gerado mal-estar entre representantes do banco.
A expressão é usada no jargão político para designar alguém que ocupa uma determinada posição de poder, mas não a exerce mais de fato.
Uma segunda fonte com interlocução com Galípolo e Campos Neto afirmou que seria da personalidade do primeiro se adiantar à criação de qualquer mal estar e, por isso, faria sentido a opção de retornar antes do previsto.
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Uma terceira fonte com conhecimento do assunto afirmou que não teria havido sentimento de mal-estar por parte do BC em Washington.
Procurado, o BC afirmou que não comentaria o assunto.