G20 tratará de fome, pobreza, clima e transição energética sob presidência do Brasil, diz Lula

Brasil assume a liderança do grupo em 1º de dezembro e permanece até o fim de 2024

Equipe InfoMoney

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (23), que, durante a presidência brasileira do G20, o grupo vai tratar de temas como combate à fome e à pobreza, mudanças climáticas e a transição energética para uma economia mais verde.

O Brasil assume a liderança do grupo em 1º de dezembro, até 30 de novembro de 2024. Ao longo deste período, a implementação da agenda contará com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência, e também da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025.

Será primeira vez que o Brasil assume a presidência do G20 desde a sua criação, em 1999. Até o fim do mandato estão previstas reuniões oficiais em várias cidades brasileiras, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, e outros 50 encontros e eventos paralelos. Na programação também está a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Em cerimônia de instalação da Comissão Nacional do G20 no Palácio do Planalto, Lula também disse que pretende debater, enquanto o Brasil presidir o grupo, propostas de mudança nos organismos de governança global. Na quarta-feira (22), ele lembrou que o Brasil sediará a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 30, em 2025, e que pretende chegar lá com “uma agenda climática ambiciosa, que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas”. Para o presidente, isso só será possível abordando “seriamente o endividamento, o acesso a financiamento e mecanismos progressivos de tributação” nas agendas internacionais.

“Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta. O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030 [dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas]”, disse o presidente.

Desde o início deste terceiro mandato, em que voltou a governar o país após um intervalo de 13 anos, Lula tem defendido que o formato atual da Organização das Nações Unidas (ONU), criada depois da Segunda Guerra Mundial para fomentar a cooperação internacional, não representa a geopolítica do século 21. Para o presidente, é preciso uma representação adequada de países emergentes no Conselho de Segurança, por exemplo.

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Atualmente, Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido são as nações com assento permanente colegiado, e possuem o poder de vetar decisões da maioria. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

(Com Agências)