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Futuro de Bitcoin (BITFUT) na B3 tem negociação recorde diária de R$ 10 bi com Trump

Lançado em abril na bolsa brasileira, derivativo registra forte correlação com o movimento de alta do bitcoin

Rodrigo Petry

Desempenho do contrato de BITFUT desde o lançamento em abril e o volume financeiro. Fonte: Rocket Trader
Desempenho do contrato de BITFUT desde o lançamento em abril e o volume financeiro. Fonte: Rocket Trader

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A vitória de Donald Trump agitou o mercado de criptoativos e não foi diferente aqui na B3, com os contratos futuros de bitcoin (BITFUT). Lançado em abril, o derivativo atingiu nesta quarta-feira (6) seu recorde tanto de negociação quanto de movimentação financeira.

Foram 232.250 contratos negociados no mercado futuro de bitcoin, em uma sessão, segundo dados da B3, com um volume financeiro de R$ 10,049 bilhões. O BITFUT encerrou nesta quarta-feira com alta de 8,73%, cotado a R$ 437.980,00.

Martha Matsumura, analista da XP, diz que o mercado de criptomoedas já vinha se valorizando e se aproximando das máximas, antes da eleição americana, em um movimento de aposta da vitória do republicano, um defensor desta classe de ativos.

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Abaixo, confira o histórico da movimentação financeira do BITFUT na B3. Antes do recorde da véspera, os maiores volumes diários haviam sido de R$ 8,274 bilhões (em 29/10), R$ 7,771 bilhões (em 5/11) e R$ 6,854 bilhões (em 1/11).

Volume financeiro negociado de contratos futuros de bitcoin na B3. Gráfico diário.

Enquanto isso, em termos de contratos negociados, antes dos 232,25 mil desta quarta-feira, o recorde anterior era de 196 mil contratos, em 29 de outubro.

Contratos negociados de futuros de bitcoin na B3. Gráfico diário.

A analista destaca que a disparada do preço do bitcoin na reta final do ano, e de outros criptoativos, vem na sequência do halving (quando o poder de mineração do bitcoin cai à metade) e em meio às eleições nos EUA.

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Martha Matsumura cita que ocorreram movimentos semelhantes em 2016, 2020 e, agora, em 2024. “O halving acontece em todo ano eleitoral (nos EUA) e, em todos esses anos, no dia em si não aconteceu nada… Mas a precificação acontece mais no final do ano, junto com as eleições, quando todos esses fatores se juntam”, explica.

Para ela, a tendência é de uma manutenção da valorização das criptomoedas, seja pela postura de apoio à classe de ativos por parte de Trump, ou mesmo pelo avanço da criação de fundos de ETFs, por parte de grandes gestoras.