Futster: é possível ganhar dinheiro com o novo game NFT brasileiro?

O Futster, game brasileiro de gerenciamento de futebol, será lançado para o público geral no dia 27 de outubro

Lucas Gabriel Marins

(Divulgação)
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O Futster, game brasileiro de gerenciamento de futebol com cards de atletas em formato de tokens não-fungíveis (NFTs), estreia no final de outubro, pouco antes do início da Copa do Mundo do Qatar.

Como é de praxe no mercado de criptomoedas, o novo jogo mistura diversão com investimento, e promete render uns bons trocados para os players no longo prazo.

No game, semelhante ao famoso Brasfoot, os jogadores são como técnicos de futebol. Para montar times, eles precisam comprar pacotinhos de clube, como se fosse um álbum de figurinhas virtual.

Cada pacotinho contém três cards de jogadores, reais ou fictícios, e existem quatro grandes categorias e diferentes tipos de atletas – quanto maior a raridade, maior o preço. Os valores variam entre R$ 3 e R$ 1.200 e a pré-venda está aberta até o dia 20 de outubro.

Com o time virtual escalado, os players podem participar das experiências do game, como partidas de futebol, competições, conquistas e outras aventuras. É durante esses eventos, segundo os criadores do projeto, que os usuários podem ganhar criptomoedas novas e outros cards em NFT – que também podem valer dinheiro.

Como o jogo funciona

“Os players receberão ‘gFUT’ e ‘gBOL’ (os tokens do game) ao vencer partidas e competições. Após um certo período de tempo, essas moedas do jogo poderão ser “reivindicas/tokenizadas” pelos usuários e convertidas em FUT e BOL”, explicou Ivan Duffles, produtor executivo do Futster. Os tokens FUT e BOL são de fato os ativos que serão levados à negociação no mercado.

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De acordo com Duffles, o token FUT será lançado no final de novembro, com preço inicial de R$ 1, e o BOL em um segundo momento (data exata e valor do BOL não foram divulgados). Ainda de acordo com ele, as moedas serão negociadas em “múltiplas” exchanges de criptomoedas e plataformas. Os nomes, falou ele, serão “anunciados em breve”.

Outra forma de faturar no game será por meio da negociação dos cards e acessórios no marketplace do Futster. De acordo com a sessão de perguntas e respostas no site do projeto cripto, os gamers também vão poder comprar e vender os NFTs nos marketplaces Opensea, LooksRare e Gem.

Os tokens não-fungíveis do jogo são criados via smart contracts (contratos inteligentes) na rede Polygon (MATIC), um protocolo ligado ao Ethereum (ETH).

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O Futster já tem parceria com grandes clubes de futebol, como Flamengo, Santos, Atlético-GO e Avaí.

Quais são os riscos envolvidos

Duffles disse que, pessoalmente, rejeita a terminologia e a ideia de que o jogo NFT envolve “riscos”. Segundo ele, o Futster é um game e não é tratado como um tipo de investimento pelos criadores.

“O player que compra cards e tokens o faz (ou deveria fazer) por diversão, por prazer, pelo desejo de progredir no game e completar sua coleção. Ao competir, ele acima de tudo está testando sua habilidade como administrador de time contra a de outros jogadores”, falou.

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O mercado NFTs e de criptoativos como um todo, no entanto, é arriscado por natureza. E isso ocorre por causa da variação constante dos preços dos ativos, que muda conforme os ventos do mercado, e da tecnologia.

João Zecchin, sócio-fundador da gestora Fuse Capital, divide os riscos do mercado NFT mais amplo em duas categorias principais: sistêmico e de mercado.

“Usar um produto descentralizado na blockchain envolve custódia e cuidados na hora de escolher uma carteira de criptomoedas e guardar as chaves privadas, e isso sempre é um risco para quem é leigo no mercado. Há também a questão do próprio contrato inteligente. É importante verificar como ele está escrito, se já foi auditado ou se abre brecha para ser hackeado”, explica.

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Por fim, segundo Zecchin, existe o risco de mercado. “O NFT é um ativo listado. Por causa disso, o preço dele pode subir ou pode cair. A performance dele, portanto, é baseada em demanda”, avalia.

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