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SÃO PAULO – Com o otimismo presente no mercado acionário brasileiro, amparando a trajetória de alta do Ibovespa – principal índice da Bovespa – ao longo do ano, os fundos de ações cada vez mais ganham espaço na indústria brasileira de fundos de investimento.
Prova disto é que, em 2007, o patrimônio líquido dos fundos de ações acumula crescimento de 27,2%, bem superior ao avanço de 12,4% do patrimônio líquido total dos fundos de investimento do país em igual período.
A participação percentual do patrimônio líquido de fundos de ações no patrimônio total dos fundos do país, que ao final de 2006 era de 8,78%, também vem em trajetória ascendente: atualmente, esta participação é de 9,93%. Embora estes números sejam expressivos, o que eles realmente dizem sobre o mercado brasileiro de fundos de ações na comparação com demais países do mundo?
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Comparação global mostra pouca expressividade
Mesmo com o crescimento que este tipo de fundo tem apresentado, na comparação com o mercado global de fundos de investimentos, estes números ainda são pouco expressivos.
Segundo dados do Investment Company Institute (ICI), ao final de 2006, os fundos de ações respondiam por 41% do patrimônio líquido total dos fundos de investimento de todo o mundo, muito acima do segundo colocado, os fundos de títulos de renda fixa (23%).
As estatísticas do ICI também mostram que, ao final de 2006, 53% dos fundos de investimento de todo o mundo se concentravam no continente americano, sendo que, do total de fundos na região, mais de 90% se encontravam nos EUA.
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Neste ranking mundial, a segunda posição era ocupada pela Europa, com 35% dos fundos de investimento de todo o mundo. Os 12% restantes se distribuem entre África e Ásia.
Investidor brasileiro se mostra conservador
Se, por um lado, estes números mostram que o mercado de fundos de ações tem grande espaço para crescer, por outro, sugerem que o investidor brasileiro ainda se mostra conservador quando o assunto é renda variável.
No cenário doméstico, fundos considerados mais “seguros”, embora venham perdendo participação, ainda representam a maior parcela do mercado brasileiro de fundos de investimento. Segundo dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), ao final de maio, fundos referenciados DI (16,25%) e fundos de renda fixa (34,99%) representavam, juntos, mais de 51% do patrimônio líquido total dos fundos de investimento em operação no Brasil.
Ou seja, do R$ 1,021 trilhão em patrimônio líquido de todos os fundos do país nesta data, R$ 357,0 bilhões eram de fundos de renda fixa e R$ 165,7 bilhões eram de fundos referenciados DI. Ambos superam o patrimônio líquido de R$ 101,3 bilhões dos fundos de ações.