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SÃO PAULO – Na passagem de setembro para outubro, o mercado brasileiro de fundos de investimentos mostrou uma leve desconcentração entre os maiores administradores. Ao final do nono mês do ano o patrimônio líquido (PL) doméstico era de R$ 1,111 trilhão, com 76,1% deste montante sob administração dos dez maiores players.
Já no último mês o PL doméstico era de R$ 1,138 trilhão (crescimento de 2,43% na passagem mensal), sendo que 75,7% deste valor eram administrado pelas dez maiores instituições em termos de patrimônio.
Não houve troca de posições na passagem mensal, com o Banco do Brasil ainda ocupando oposto de maior player do mercado doméstico de fundos, seguido por, respectivamente, Itaú, Bradesco, CEF, HSBC, UBS Pactual, Mellon, Santander, ABN Amro Real e Unibanco.
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Tipo de Fundo | % PL Top 10 Outubro/2007 |
% PL Top 10 Setembro/2007 |
Curto Prazo | 98,0% | 98,1% |
Referenciado DI | 89,7% | 91,0% |
Renda Fixa | 85,1% | 85,4% |
Renda Fixa – Outros | 94,9% | 95,0% |
Multimercado | 72,9% | 73,1% |
Cambial | 93,5% | 93,7% |
Fiex | 98,6% | 99,0% |
Ações | 77,5% | 78,8% |
Privatização | 98,6% | 98,5% |
Previdência | 96,8% | 96,8% |
FIDC | 94,5% | 94,8% |
Offshore* | 100,0% | 100,0% |
Total** | 75,7% | 76,1% |
*Nos fundos Offshore, nove administradores concentram 100% do PL
*Patrimônio líquido concentrado pelos maiores administradores no acumulado de todos os tipos de fundos de investimento
Entre as doze categorias de fundos listadas pela Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), a única que mostrou maior concentração na passagem de setembro para outubro foi “privatização”.
Os fundos de previdência e offshore mantiveram o mesmo percentual apurado em setembro, sendo que o segundo segue com 100% de seu PL administrado por apenas nove instituições.
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Apesar da concentração absoluta, cabe destacar que o patrimônio destes fundos é relativamente pequeno: ao final de outubro, representava apenas 3,1% do PL doméstico total.
Entre as demais nove categorias que apresentaram desconcentração de gestão, o destaque fica com os fundos de ações, cuja participação dos dez maiores players mostrou o maior recuo.
A importância de competir
Período | % PL Top 10 |
2004 | 77,7% |
2005 | 77,6% |
2006 | 77,6% |
2007 | 75,7% |
Comparando os dados de outubro com a trajetória dos últimos anos, é possível dizer que a indústria brasileira de fundos de investimento ensaia um movimento de desconcentração, porém, ainda tímido.
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Como em qualquer outro mercado, a concentração desestimula a competitividade. No caso dos fundos de investimento, uma maior dissipação do patrimônio líquido total proporcionaria, além de melhorias de eficiência e gestão, estímulo à queda das taxas administrativas cobradas.
Ganhos de eficiência, melhores práticas de gestão e menores taxas administrativas tendem a resultar em aumento de rentabilidade dos fundos, ou seja, maiores ganhos para o investidor.
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