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(ANSA) – Em meio ao risco de uma guerra na Ucrânia, o presidente da França, Emmanuel Macron, fez uma série de ligações para seus homólogos da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, entre a noite deste domingo (20) e a madrugada desta segunda-feira (21) para uma reunião de alto nível.
O governo francês afirmou que ambos aceitaram o encontro “que será levado adiante só se a Rússia não invadir a Ucrânia”.
Depois da reunião entre Biden e Putin, o vértice será “estendido para todas as partes envolvidas” e se concentrará sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”.
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Em nota oficial, a Casa Branca confirmou que o norte-americano “aceitou o encontro com o presidente Putin” desde que nesse tempo “não haja uma invasão da Ucrânia”.
“Estamos sempre prontos a impor consequências rápidas e severas no caso da Rússia escolher a guerra. E, no momento a Rússia parece querer continuar os preparativos para um ataque de larga escala na Ucrânia muito rapidamente”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
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Apesar da fala francesa, o Kremlin informou nesta segunda que considera “prematuro” uma reunião entre os dois presidentes.
De acordo com a agência russa Tass, Macron e Putin conversaram pela segunda vez em menos de 24 horas, e ambos concordaram em “manter o diálogo entre os líderes da Rússia e França envolvendo os ministros das Relações Exteriores e conselheiros políticos [dentro do formato Normandia que consiste em Rússia, Alemanha, França e Ucrânia]”.
Donbass
Enquanto os líderes debatem as consequências de uma possível invasão, a região separatista do Donbass, que reúne Donetsk e Lugansk, continua a registrar ataques entre os rebeldes pró-Rússia e as forças oficiais.
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O governo russo afirmou que mais de 61 mil civis ucranianos que moram na área atravessaram a fronteira em busca de refúgio em cidades do país para fugir de uma nova guerra. A região separatista do Donbass vive em constante tensão desde 2014, quando se iniciou a crise mais grave entre Rússia e Ucrânia e que voltou a se acentuar agora.
Os conflitos armados na área foram intensos, com milhares de mortos entre as forças oficiais e os rebeldes, mas se acalmaram e diminuíram desde fevereiro de 2015, quando foram assinados os Acordos de Minsk, em 2015, entre Kiev e Moscou sob a intermediação de Alemanha e França. Os documentos preveem diversas ações de ambos os governos, mas pouco saiu de papel. O que tinha sido mais implementado, de fato, era o cessar-fogo em Lugansk e Donetsk.
Além disso, entre as medidas firmadas pelos dois governos, os russos não poderiam mais financiar os rebeldes e os ucranianos precisariam dar um status de regiões autônomas aos dois locais – mas nenhuma das duas regras foi colocada em prática de fato. (ANSA).
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