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A rede de laboratórios e serviços de saúde, Fleury (FLRY3) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2024 na noite desta quinta-feira. A companhia lucrou de forma líquida R$ 168 milhões, com avanço de 79% na comparação com o mesmo período de 2023.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 517 milhões, com alta de 49,6% na comparação anual. A margem Ebitda recuou ligeiramente, saindo de 28% no 1T23 para 27,2% no primeiro trimestre de 2024, com queda de 84 pontos-base.
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A receita ficou em R$ 1,9 bilhão, com alta de 54% em relação ao observado no mesmo período de 2023.
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“Além do crescimento de receita, a gente dá os destaques principalmente para as nossas marcas aqui em São Paulo, as marcas não-marca Fleury, que a gente chama de demais marcas em São Paulo, e um crescimento bastante significativo também de Minas Gerais, além de um crescimento importante do que a gente chama de B2B, principalmente pelo bom desempenho do Lab2Lab”, comenta Jeane Tsutsui, CEO do grupo em entrevista ao InfoMoney. O crescimento mencionado das “demais marcas” atingiu 45% no balanço do trimestre.
Dentre as frentes que apresentam mais avanço, o Novos Elos segue como destaque. A iniciativa visa oferecer cuidados ortopédicos, oftalmológicos e aplicação de infusões, entre outros serviços, e teve crescimento de 26,7%, chegando a R$ 171,2 milhões.
A marca homônima, a principal do grupo, teve crescimento menor em comparação com as demais frentes. Mais consolidada e madura, a frente recebe investimentos em atendimento de excelência ao cliente, relacionamentos com comunidade acadêmica e científica e busca de inovação através de apostas e integração com startups. Atualmente, há 57 startups que trabalha com o grupo, de acordo com CEO. “Agora, a marca Fleury é uma marca mais madura, que já tem um market share alto, e a gente mantém esse market share”, comenta.
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A companhia apresenta preocupação com a disciplina de custos e, graças à estratégia, apresenta alavancagem “sob controle” na visão da administração. A métrica ficou em 1,2 vez a dívida líquida sobre o Ebitda e apresenta-se estável em relação ao trimestre anterior.
“Nossa alavancagem tem se mantido abaixo do limite de 3 vezes estabelecido por instrumentos de dívida. Este nível de alavancagem permite à companhia enfrentar com resiliência o ambiente de juros elevados”, reporta o Fleury no comunicado que apresentou os resultados do trimestre. A dívida líquida em 31 de março de 2024 ficou em R$ 2,2 bilhões, com aumento de 2,6% em relação ao observado no trimestre anterior.
Pressão de pagadoras e foco em prevenção
Em tempos de pressão vivido pelas fontes pagadoras, a CEO do grupo considera que, mais do que nunca, a necessidade de prevenção se apresenta. Em sua visão, é necessário evitar que haja o uso indiscriminado de serviços de saúde mas o pouco uso também pode se tornar um problema, se os recursos ligados à prevenção de doenças não forem bem aproveitados. Para Dra. Jeane, o estímulo para que o uso seja adequado passa pela ausência de exames desnecessários e um crescimento de exames necessários.
“O Grupo Fleury há muito tempo trabalha com algoritmos diagnósticos, com assessoria médica, discutindo os casos, o tempo inteiro a gente olha para o processo diagnóstico, quer dizer, a gente não faz simplesmente o diagnóstico entrega um resultado, a gente olha para o processo, como esse resultado chega até o médico, como esse resultado impacta na conduta do médico, e é por isso que a gente diz que a medicina diagnóstica é suporte para todas as fases de cuidado para que a gente efetivamente use esse diagnóstico para um cuidado adequado do paciente”, considera. “Porque isso que é prevenção, é você fazer para o paciente certo no momento adequado”, entende a CEO.
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Em relação às novas aquisições, José Fillipo, CFO da companhia, comenta que existem alguns parâmetros que o grupo foca no momento de realização de negócios. O último deles, a aquisição do Grupo São Lucas, representou avanço geográfico, ainda que analistas considerem que seja pouco expressivo em termos numéricos ante as cifras apresentadas pela companhia. “Nós temos uma área de M&A que está estruturada, ela sempre se manteve ativa, obviamente, a gente analisa um pipeline de prospecção, que é natural, e há algum tempo que a gente não tinha conseguido fechar alguma aquisição, como o mercado é muito fragmentado, então as aquisições são pequenas”, afirma o executivo.
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