Fleury (FLRY3): o que está por trás da onda de elevações de recomendação?

BTG e Santander elevaram recomendação para ação à compra e Itaú BBA reiterou visão positiva

Felipe Moreira

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Uma semana bastante positiva para a visão do mercado sobre as ações da Fleury (FLRY3). Isso porque, nos últimos dias, depois do Itaú BBA reiterar visão positiva para a ação, o Santander e o BTG Pactual foram além e elevaram a recomendação do papel para compra.

O Santander prevê uma aceleração da receita, impulsionada por um efeito positivo do calendário nos próximos trimestres, melhora no desempenho do segmento L2L (Lab to Lab) e um ambiente competitivo ainda racional, além de um aumento incremental na lucratividade e avaliação razoável. Como bônus, a Fleury opera em um negócio resiliente e gerador de caixa, por meio de marcas fortes, o que banco acredita ser uma boa aposta em um ambiente macroeconômico volátil.

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Segundo o Santander, a alavancagem deve permanecer baixa em 1,2 vez Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), e projeta um rendimento de fluxo de caixa de 6,7% e 7,2% em 2024 e 2025, respectivamente.

Além disso, os analistas do Santander acreditam que o mercado está subestimando a oportunidade de crescimento do L2L. Eles esperam ganhos de participação de mercado devido a um nível melhorado de serviço após a fusão com Pardini. De acordo com projeções, as receitas L2L, devem registrar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 12% para 2024 e 2027, sendo o principal motor de crescimento da receita da Fleury.

Em termos de avaliação, a Fleury está sendo negociada a 9,8 vezes Preço/Lucro (ex-goodwill) para 2025, o que é barato em comparação com a média histórica de 3 anos de 14 vezes.

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O BTG Pactual, por sua vez, avalia que a ação da Fleury é boa alternativa em tempos de alta volatilidade. Isso porque, segundo o banco, com um modelo de negócios de diagnóstico resiliente, previsível e estável (com crescimento orgânico médio de um dígito médio a alto), o companhia parece isolada dos muitos desafios que atingiram outras ações.

Segundo o banco, Fleury é uma ação de short duration, baixo endividamento, geradora sólida de geração de fluxo de caixa (8,5% de rendimento de geração de fluxo de caixa em 2024; 11% em 2025) e com posicionamento leve (menos de 5% dos investidores a veem como a melhor tese de investimento de longo prazo em saúde).

“Embora não ofereça grandes perspectivas de crescimento, dado a sua elevada participação de mercado, os fundamentos estruturais por trás da tese de investimento da Fleury são sólidos”, destaca o BTG.

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A equipe de research do BTG comenta que a companhia conseguiu ganhar participação de mercado em seu negócio principal nos últimos anos devido a fraca capacidade de execução de seus principais concorrentes

Além disso, a Fleury aumentou sua exposição a novos segmentos (9% das receitas contra 1% há três anos). O BTG acredita que essas tendências vieram para ficar. Finalmente, ao contrário de muitas outras grandes fusões e aquisições em saúde, a fusão do companhia com o Pardini foi tranquila (apenas alguns itens não recorrentes contabilizados no 2T23), e a captura de sinergias permanece amplamente em andamento, aumentando assim as margens operacionais.