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SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Fitch Ratings considera que há uma chance significativa de cortar o rating da Itália após concluir sua análise sobre os seis países da Zona do Euro que têm notas de crédito sobre observação negativa.
Atualmente, a dívida soberana da Itália tem um rating A+, com vigilância negativa. “Uma coisa que ajudaria a Itália, mas que está fora de seu controle imediato, é dissipar as dúvidas sobre a sua liquidez, o que significa, basicamente, ter uma rede de segurança, como os fundos europeus”, afirmou o diretor de ratings soberanos globais da agência, David Riley, citado pela Reuters.
“No momento não temos isso, o que é um motivo de grave preocupação em relação a Itália. É uma das razões pelas quais temos o rating sob vigilância negativa, e explica porque acreditamos que, assim que concluirmos a revisão, a classificação tem chance significativa de cair”, acrescentou Riley, que participa de um evento da Fitch em Londres.
Em dezembro passado, a Fitch colocou em uma lista de observação negativa – o que indica a chance de corte no curto prazo – as notas da Bélgica, Espanha, Eslovênia, Itália, Irlanda e Chipre.
França deve sustentar triplo A
Se o rating da Itália e da Espanha pode sofrer uma redução de um ou dois níveis, a França deve sustentar a nota de crédito AAA este ano, de acordo com a Fitch. No final do ano passado, a agência rebaixou a perspectiva da nota da França de estável para negativa.
“Considerando algumas tendências atuais em termos econômicos e orçamentais na França, não prevemos um corte este ano”, disse o diretor de ratings da Fitch para a região da Europa e Oriente Médio, Ed Parker, que também está em Londres.
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Ele acrescentou que a Alemanha e outros países com classificação máxima e perspectiva estável também estão a salvo, desde que a crise de dívida não se deteriore significativamente.