Fitch afirma rating de probabilidade de inadimplência da Oi (OIBR3) em “D”

Na escala da Fitch, isso representa uma chance alta de inadimplência da empresa perante os credores

Estadão Conteúdo

Foto: Divulgação
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A agência de classificação de risco Fitch publicou nesta segunda-feira, 30, sua classificação para a Oi (OIBR3), que entrou em recuperação judicial em março.

O IDR (rating de probabilidade de inadimplência) de longo prazo em moeda estrangeira e local da companhia ficou na escala D, e o seu e seu rating nacional de longo prazo em ‘D(bra)’.

Na escala da Fitch, isso representa uma chance alta de inadimplência da empresa perante os credores.

A Fitch também afirmou as notas seniores sem garantia da Oi com vencimento em 2025 e as notas seniores com garantia de 2026 em ‘C’/’RR4’.

A agência explicou, em nota, que as classificações refletem a recuperação judicial da tele iniciada em março e a ausência de um acordo com credores desde então. Em junho, a Oi tinha dívida com valor nominal de R$ 35,3 bilhões e valor justo de R$ 23,7 bilhões.

A Fitch apontou que a companhia tem uma liquidez baixa, com R$ 2,5 bilhões no caixa para fazer frente a R$ 2 bilhões de vencimentos no curto prazo. Os analistas afirmaram que a Oi continua negociando uma reestruturação para preservar o caixa e sustentar as atividades.

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Nesse meio tempo, a Oi resolveu a arbitragem com os três compradores de seus ativos móveis (TIM, Vivo e Claro) e recebeu pouco mais de R$ 800 milhões. A empresa também vendeu torres para a Highline por um caixa total de R$ 905 milhões. Além disso, a Oi assinou um novo empréstimo DIP de US$ 300 milhões com o BTG PActual, dando como garantia 95% de suas ações na V.tal.

A Fitch estima para a Oi um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) na ordem de R$ 1,2 bilhão – patamar alcançável no médio prazo. Outro ponto é a venda de ativos para amortizar a dívida. Na visão da agência, a participação da Oi na V.tal vale R$ 8 bilhões – bem abaixo do que a própria Oi estimou para o ativo em maio, que foi R$ 14,4 bilhões.