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SÃO PAULO – Esta terça-feira (30) é o último dia de atividade de um dos ícones do mercado acionário nacional: o pregão viva-voz. Depois de acordo comercial e de investimento cruzado entre a então BM&F e a CME (Chicago Mercantile Exchange) no ano passado, acelerou-se a transição das sessões no prédio da instituição para as operações exclusivamente eletrônicas.
Do pico de 1.300 operadores que atuavam em 2007, restam agora 359, após 20 anos de pregão físico. Em linha com as últimas tendências nas principais bolsas internacionais, o mercado acionário brasileiro abriu espaço para a suplantação dessa prática logo em 2005, contando com as atividades de corretagem no incentivo ao processo.
O pregão de chão da bolsa paulista respondeu por 100% do volume negociado ao longo do ano de 1999. Começou a ver seu declínio alguns anos depois, quando foi responsável por 27% das negociações no mercado de derivativos nacional em 2007 para, finalmente, despencar a 2,7% dos negócios nos primeiros seis meses deste ano.
Exceções
Sem mais contar com a companhia da BM&F Bovespa, as bolsas norte-americanas e alemã são as únicas de grande porte em que o pregão viva-voz ainda existe. A CME, por exemplo, conta com as gargantas de cerca de 3 mil operadores.
A Nyse (New York Stock Exchange), por sua vez, emprega 1,2 mil desses profissionais, contra a marca máxima de 3,2 mil observada em setembro de 2006.