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A analista de investimento Aryane Oliveira diz que quando conta sua história, nos dias de hoje, de forma resumida, “parece tudo tão lindo e rápido”. E, quando vai às redes sociais, então, aí que parece mesmo um “mar de rosas”.
“No Instagram mesmo a gente posta cortes de nossa vida. Mas ninguém sabe o trabalho que deu para chegar lá e como tudo aconteceu”, diz. “Comecei com bons mentores, mas fiz muitas besteiras (no trade)”, afirma.
Aryane conta que gostaria de ter a “coragem que tinha no passado, com o conhecimento de hoje”. Ela acrescenta que teve muitas perdas no começo da carreira e que os traders, geralmente, só pensam no quanto podem ganhar e não nas perdas.
“Hoje, a conta para mim é inversa. Fico mal se tiver um prejuízo acima de um salário mínimo. Realmente sou muito pé no chão com essa questão… Como posso perder em uma única operação um salário que a pessoa vive o mês inteiro.”
Qual caminho a seguir
Aryane Oliveira, que contou sua história em um programa especial do GainDelas, no canal GainCast, durante a Expert XP 2024, nasceu e vive em Goiânia.
“Morei em São Paulo oito anos. Me formei em engenharia de produção e sempre pensei em ir para o mercado financeiro. Trabalhei em banco, depois em uma petroquímica na área de tesouraria”, relata. Ela conta que já nessa época tinha sua carteira de investimento, com posições de curto e longo prazos.
“Nós, mulheres, a gente chega num período da vida que precisa definir qual caminho seguir: se primeiro o caminho profissional e o segundo a família, ou primeiro a família e segundo o profissional. Eu me vi nesse limbo quando estava com 26 para 27 anos”, lembra.
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Pandemia mudou o rumo
Ela tinha sonho de casar e ter uma família. “Acabei voltando para Goiânia, e lá não tem nada de mercado financeiro. Acabei indo para uma outra área, que é de incorporação, até que aconteceu a pandemia”, recorda.
Aryane acabou fazendo um curso online de MBA Broker oferecido pela XP. Via nele uma oportunidade para volta ao mercado, quem sabe para um trabalho remoto, que estava em voga na época.
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“Me apaixonei completamente pelo curso e ele tinha um módulo que era de trade”, diz. Aí, se aprofundou no tema, fez cursos e ingressou em casa de análise com foco educacional em trade. Em seguida, acabou virando analista CNPI.
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Maternidade
Em meio a isso, porém, teve que parar, temporariamente, porque engravidou. “Abdiquei para focar em outro sonho que tinha”, afirma, em relação à maternidade. Ariane hoje tem duas filhas, sendo a segunda com um pouco mais de um ano.
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“Amo ser mãe, mas tem mais coisas por trás. Acho que consigo fazer tudo. É um desafio, mas é possível”, disse para si mesma logo após nascer a primeira filha. Na ocasião, impôs “rotina e disciplina” na sua vida.
“Todo aprendizado que a maternidade me trouxe, reflete muito na forma de operar hoje”, resume ela.
“Lancei minha mentoria recentemente. Estou muito feliz com o que estou fazendo”, pontua. Há pouco tempo, ela se tornou analista da XP. “Tem gente que é dona de casa ou mãe e é trader também. É uma profissão que te liberta”, afirma.
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Gerenciamento de risco é tudo
Sobre o trade, diz tratar-se de um “jogo de habilidade emocional”. “Mas a parcela mais importante para mim é o gerenciamento de risco. Pode-se ter o melhor operacional do mundo, mas sem gerenciamento não vai virar nunca”, afirma.
“Opero bem tranquila, com número de contratos que me deixa confortável’, diz. Para a trader, a experiência no mercado financeiro se adquire ao longo dos anos.
“O que a gente tem que fazer é usar nossas ferramentas para poder chegar onde a gente quer chegar”, diz. “Então, pode ser mãe, dona de casa, qualquer profissão, é possível chegar até a consistência no trade e fazer disso uma profissão. Basta conciliar sua rotina de forma estruturada e ter disciplina para ir atrás. E é importante ter um propósito em tudo que faz”, conclui.
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