Ferreira admite divergir de Bendine; Vale é elevada, OGX e OSX na Justiça e mais no radar

Destaque ainda para a produção de petróleo da Petrobras, elevação da recomendação da BR Malls pelo Bradesco BBI e mais notícias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário do início da semana já começa movimentado, com destaque para a entrevista do presidente da Vale (VALE3;VALE5), Murilo Ferreira, ao programa Preto no branco”, exibido na noite deste domingo no Canal Brasil. Ferreira, que se licenciou da presidência do conselho de Administração da Petrobras (PETR3;PETR4) admitiu que tem divergências com o presidente da estatal, Aldemir Bendine. As informações são do jornal O Globo

Ferreira está licenciado do cargo desde 14 de setembro, alegando motivos pessoais. Mas fontes do mercado dão como certo que ele não voltará para o comando do Conselho; comenta-se que o executivo deixou o cargo por discordar da gestão e por causa da falta de transparência da companhia.

Evidentemente temos pontos de divergência e visões diferentes a partir de experiências profissionais também bastante distintas. Ele trabalhou a vida dele toda em banco. Eu, em mineração. Para nós, é a primeira vez em uma empresa de petróleo. Então, essas coisas são naturais e podem ser resolvidas em um debate”, afirmou. Contudo, negou que tenha sido contrariado no Conselho e afirmou que a razão para se licenciar do cargo foram as frequentes viagens que precisa fazer como presidente da Vale:

Petrobras
Ainda no noticiário da estatal, a produção de petróleo da Petrobras no Brasil em setembro caiu 6,7 por cento ante agosto, para 2,06 milhões de barris por dia (bpd), devido, principalmente, a paradas programadas de grandes plataformas, com destaque à parada da plataforma P-52, para manutenção, conforme comunicado divulgado na sexta-feira.

Além disso, a norueguesa Sevan Marine, fornecedora de equipamentos e serviços para a indústria de petróleo, informou nesta sexta-feira que encontrou, por meio de investigação independente, indícios de pagamentos indevidos em troca de contratos com a Petrobras, que teriam sido fechados entre 2005 e 2008.

Para realizar a investigação, o Conselho de Administração da empresa contratou a companhia independente Selmer, que realizou análises e pesquisas de documentos em arquivos disponíveis, bem como entrevistas com pessoas-chave, disse a Sevan em nota.

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Em sua conclusão, a Selmer disse que “é mais provável do que não” que tenha havido pagamentos ilegais para a obtenção de contratos com a Petrobras. O Conselho está avaliando novas ações e as implicações das conclusões contidas na investigação.

Por fim, mais uma vez, Sete Brasil e Petrobras estão próximas de consenso a respeito dos termos para um novo acordo, informa o Valor Econômico. A holding de sondas e a diretoria da estatal estiveram em negociação nos últimos 45 dias. Agora, falta que diretoria, de forma colegiada, aprove as bases sobre as quais as empresas devem redigir o contrato definitivo, destaca o jornal.

Vale
O ADR (American Depositary Receipt) da Vale (VALE3;VALE5) teve a sua recomendação elevada pelo UBS de venda para neutra, com preço-alvo de US$ 5,30.

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CCR
O grupo Andrade Gutierrez, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o conglomerado já ofereceu sua participação de 17% na concessionária CCR (CCRO3) para pelos menos três grupos – os fundos Temasek e GIC, ambos de Cingapura, e a canadense Brookfield.

Fontes afirmam, no entanto, que ainda não há negociações firmes. A empresa detém 17% das ações da CCR, mesma fatia da Camargo Corrêa. Outro sócio é o grupo Soares Penido, com 17,22%. Pelo acordo de acionistas da concessionária, no caso de venda de participação, os demais investidores da companhia devem ser consultados primeiro e têm preferência na compra das ações.

Ainda segundo fontes, a Andrade Gutierrez só venderia esse ativo, que é considerado atrativo no mercado e tem vários interessados, se o comprador pagar um grande prêmio pelo negócio. O valor de mercado da CCR é avaliado em R$ 23 bilhões. Há um ano, valia R$ 30 bilhões. Além de concessões rodoviárias, como o sistema Anhanguera-Bandeirantes, a empresa administra o Aeroporto de Belo Horizonte. Em nota, a Andrade Gutierrez negou veementemente que esteja vendendo sua participação na CCR.

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A reportagem apurou que Brookfield e Temasek, que já têm investimentos no País em infraestrutura, estão de olho em outros ativos de companhias envolvidas na Lava Jato. Segundo o presidente da assessoria financeira BF Capital, Renato Sucupira, em função do câmbio, empresas brasileiras têm despertado a atenção do investidor estrangeiro.

BR Malls
A BR Malls (BRML3) foi elevada para market perform pelo Bradesco BBI. Os múltiplos da companhia refletem agora mais adequadamente os riscos/retornos na atual situação econômica, segundo relatório de analistas sobre o setor de shoppings e incorporadoras.

O relatório coloca Iguatemi e Aliansce como “top picks” do setor. O “desempenho dos shoppings deve permanecer cada vez mais desafiador baseado na forte queda do varejo (-6,9% na comparação anual em agosto) e nenhum sinal de recuperação econômica”

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“Varejistas com desempenho fraco têm um incentivo para esperar até o final de 2015 (Black Friday e Natal), mas podem fechar muitas lojas com baixo desempenho no início de 2016, trazendo pressão adicional sobre descontos/ocupação”

“A boa notícia é que os shoppings (principalmente aqueles de grandes players) devem se consolidar ainda mais rápido como a melhor opção aos compradores e locatários, devido às suas taxas de ocupação ‘flat’ que refletem o aumento de sua força em relação às lojas de rua”, afirma o relatório.

“Os clientes estão mudando rapidamente seus hábitos do antigo modelo de shopping center para buscar um destino de shopping center onde possam comer em bons restaurantes, ter uma experiência sensorial atraente e encontrar entretenimento agradável, ao mesmo tempo em que são capazes de comprar artigos de moda”.

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Hypermarcas
A Hypermarcas está em negociações adiantadas para vender uma fatia da empresa para uma empresa alemã, de acordo com informações da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.  

JHSF
A JHSF (JHSF3) destacou, em comunicado ao mercado, que a companhia registrou crescimento de 30,1% e 7,2% nas vendas nas mesmas lojas e redução de 0,8 ponto percentual do custo de lojistas.

As vendas dos lojistas atingiram R$ 510 milhões. O desempenho foi positivamente impactado pelo crescimento de vendas nos shoppings Cidade Jardim (SCJ), Belo Vista (SBV) e Metrô Tucuruvi (SMT), bem como pela inauguração do Catarina Fashion Outlet (CFO) – em Out/14. Excluindo CFO, vendas crescem 12,4%

IdeiasNet
A IdeiasNet (IDNT3) informou que a sua investida indireta Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia, mediante aprovação em assembleia geral de acionistas tomou a decisão de ajuizar na sexta-feira pedido de recuperação judicial, nos termos do artigo 51 e seguintes da Lei 11.101/05. 

“Não obstante os esforços dos acionistas e da administração na negociação com credores e redução de suas dívidas, o pedido de recuperação judicial configurou- se como a alternativa mais adequada diante da situação econômico-financeira da Officer, resultante do agravamento da crise econômica do país, do atraso no recebimento de faturas e da dificuldade de se obter razoáveis condições de financiamento. A decisão de ajuizamento do pedido de recuperação judicial tem por objetivo preservar os valores e a função social da Officer, atendendo de forma organizada aos interesses de seus credores e acionistas diretos e indiretos e contingenciando de maneira responsável os ativos da companhia”, afirmou a empresa em comunicado.

Alupar
A Alupar (ALUP11) comunicou que passou a ter 52,01% do capital da Foz do Rio Claro. Além disso, a Alupar adquiriu FI-FGTS 4% das ações PN na Foz do Rio Claro.

Oi
A Oi (OIBR4) informou que o Morgan Stanley atingiu 6,7% das ações preferenciais da companhia.

Adicionalmente, o Morgan Stanley atingiu exposição econômica vendida por meio de instrumentos financeiros derivativos com previsão de liquidação financeira referenciados em a 12.508.028 ações preferenciais da Companhia ou 7,9% do número total de ações preferenciais da companhia.

OGPar e OSX
A OGpar (OGXP3), empresa de petróleo de Eike Batista, foi ordenada a penhorar suas ações ordinárias na Parnaíba Gás Natural em favor de detentores de bonds da empresa irmã OSX (OSXB3), disse o juiz Cesar Queiroz Rosalino em ação judicial com data de ontem.

A OGpar vai recorrer da decisão, segundo nota divulgada por sua assessoria de imprensa. A empresa vai argumentar junto ao juiz que o bem é essencial para a recuperação da OGpar e que o valor da venda vai sustentar a folha de salários da companhia até o fim de 2016, diz a nota. A decisão do juiz foi baseada na falta de pagamento pela OGpar de mais de R$ 331 mi devidos aos detentores de títulos pelo uso do navio OSX-3, segundo a decisão.

BRF
A BRF (BRFS3) comunicou que a Quickfood concluiu a aquisição de marcas na Argentina. “Em seguimento a referido comunicado ao mercado, estando atendidas e cumpridas as condições precedentes previstas nos documentos firmados, a BRF anuncia a conclusão da Transação na presente data. As autoridades administrativas locais competentes serão informadas a respeito da conclusão da Transação”, afirma a companhia.

Triunfo
A Triunfo (TPIS3) divulgou seus dados operacionais de setembro de 2015. No acumulado de 2015, o volume de veículos equivalentes pagantes comparável (exclui o tráfego da Triunfo Concebra) atingiu 77,2 milhões, queda de 7,1% em relação ao mesmo período de 2014. Todas as concessionárias registraram queda nos volumes de veículos equivalentes (Concer -12,4%, Triunfo Concepa -3,4%, Triunfo Econorte -4,0% e Triunfo Transbrasiliana -8,1%), principalmente, em função do arrefecimento econômico e pela Lei dos Caminhoneiros (Lei 13.103/2015), que entrou em vigor em 17 de abril de 2015, com a isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de caminhões que circulam vazios.

“Vale destacar que o impacto da queda nos volumes das concessionárias é compensado na receita através de reajustes tarifários que promovem o reequilíbrio dos contratos”, afirmou a companhia. 

Qualicorp
A Qualicorp (QUAL3) informou nesta segunda-feira que pagará como restituição a acionistas montante bruto de 1,468959284 real por ação em 29 de outubro como resultado de uma redução de capital que não teve objeção de credores.

Assembleia de acionistas da empresa de planos de saúde havia aprovado em agosto proposta de redução do capital social da empresa em 400 milhões de reais, com distribuição de recursos aos investidores.

Segundo fato relevante publicado nesta segunda-feira, não houve oposição de credores à operação, cujas manifestações tinham prazo para serem recebidas na última sexta-feira.

Detentores de ações da empresa na data-base de 19 de outubro terão direito ao recebimento de restituição de capital.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.