Ferrari: ação sobe quase 10% após balanço e com chegada de Lewis Hamilton

Anúncio de piloto inglês na escuderia se somou ao comunicado de expectativas positivas para lucros de 2024

Camille Bocanegra

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A Ferrari NV espera que os lucros acelerem este ano, apoiados por uma sólida carteira de pedidos. As ações da empresa fecharam em alta de 9,21% nas negociações em Milão, o maior salto em cerca de três meses, e encerraram o dia cotadas a € 353,50. O fabricante de supercarros disse, na quinta-feira, que espera um lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização de pelo menos €2,45 bilhões (US$2,64 bilhões) para 2024, em linha com as expectativas dos analistas.

A Ferrari conseguiu aumentar os preços de alguns modelos, com seus clientes ricos evitando a inflação crescente e as taxas de juros em alta. O CEO Benedetto Vigna está comprometido em levar a Ferrari, famosa por seus motores de 12 cilindros, para o mundo elétrico, planejando lançar seu primeiro carro totalmente elétrico no quarto trimestre de 2025.

“Os resultados recordes de 2023, as ambições que temos para 2024, juntamente com a visibilidade excepcional em nossa carteira de pedidos, nos permitem olhar para o lado mais alto das metas de 2026 com maior confiança”, disse Vigna, observando que o lucro líquido da Ferrari ultrapassou €1 bilhão pela primeira vez.

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Durante o quarto trimestre, os lucros subiram para € 558 milhões. Isso se compara com uma estimativa média dos analistas de € 560 milhões. As vendas atingiram € 1,52 bilhão, ligeiramente acima da média de € 1,50 bilhão das estimativas compiladas pela Bloomberg.

Embora a transição para veículos elétricos tenha sido vista por anos como decisiva para o setor, a Ferrari e outros concorrentes de baixo volume, como a Lamborghini, se qualificam para isenções de limites de emissões mais rigorosos em jurisdições-chave, incluindo a Europa. A União Europeia também está elaborando regras para permitir o uso de e-combustíveis que poderiam impedir que os motores a combustão desapareçam.

A escuderia italiana está construindo uma nova fábrica para a produção de supercarros híbridos e elétricos em Maranello, no norte da Itália, onde a empresa tem sede. O local deve estar pronto em junho de 2024.

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Em 2023, as remessas totalizaram 13.663 unidades, um aumento de 442 unidades em relação ao ano anterior. As entregas foram impulsionadas pelo Purosangue, bem como por entregas mais altas das famílias 296 e SF90, afirmou a Ferrari.

O portfólio de produtos no ano incluiu 11 modelos de motor de combustão interna e quatro modelos híbridos, que representaram 56% e 44% das remessas totais, respectivamente.

Hamilton na Ferrari

A segunda boa notícia do dia veio com o anúncio de que Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1 e um dos pilotos mais bem-sucedidos de todos os tempos, correrá a partir de 2025 pela Ferrari, depois de ativar uma cláusula de liberação de seu contrato com a Mercedes, assinado em agosto.

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Confirmado pela Mercedes e em comunicado de uma linha pela Ferrari, o anúncio ocorre após um dia de grandes especulações, com o mundo do automobilismo esperando pelas notícias vindas de Maranello e Brackley.

“A Scuderia Ferrari tem o prazer de anunciar que Lewis Hamilton se juntará à equipe em 2025, com um contrato multianual”, informou a escuderia italiana.

“Tive 11 anos incríveis com este time e estou muito orgulhoso do que atingimos juntos. A Mercedes faz parte da minha vida desde que eu tinha 13 anos”, disse Hamilton em comunicado da sua atual escuderia. “É o lugar onde cresci, então tomar a decisão de sair foi uma das mais difíceis que já tomei. Mas é o momento certo para eu dar esse passo e estou animado para o novo desafio.”

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Hamilton afirmou que quer finalizar sua trajetória na Mercedes em alta e que está “100% comprometido em entregar a melhor performance possível nesta temporada e fazer do meu último ano na Flecha Prateada algo para ser lembrado”. O britânico de 39 anos vai substituir o espanhol Carlos Sainz na Ferrari, correndo ao lado do monegasco Charles Leclerc. Será a primeira vez que a equipe terá um campeão mundial desde a saída do alemão Sebastian Vettel, em 2020.

(Com Bloomberg e Reuters)

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