Fed retoma ciclo de aperto, eleva juros EUA em 0,25 p.p e deixa porta aberta para nova alta

Decisão veio em linha com o consenso do mercado e leva juros ao maior patamar em mais de 20 anos

Equipe InfoMoney

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O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, decidiu por elevar os juros básicos da economia em 0,25 ponto percentual. Assim, a taxa passa a oscilar dentro de uma banda entre 5,25% e 5,50% ao ano.

A decisão foi unânime entre os membros do comitê e veio em linha com o esperado. O monitor de juros do CME Group apontou que uma fatia de 96,5% do mercado apostava em uma elevação dessa magnitude, enquanto 1,7% previa uma alta de 0,50 ponto percentual.

Os juros básicos dos EUA não chegavam a 5,5% desde janeiro de 2001. Na reunião de junho, o Fomc havia mantido os juros inalterados, após dez altas consecutivas.

Na reunião junho, o Fed interrompeu o ciclo de aperto monetário iniciado em março do ano passado. De lá para cá, a autoridade elevou os juros por onze vezes. Mas a autoridade monetária já havia indicado ver mais duas altas até o final do ano.

No comunicado que acompanha a decisão de hoje, o Fed afirma que a inflação americana continua elevada e deixou a porta aberta para mais uma alta nos juros.

“O Fomc vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, diz o texto. A linguagem usada pela autoridade monetária pouco mudou em relação ao comunicado do mês de junho.

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O Fed afirma que segue avaliando a necessidade de extensão de uma política de aperto para trazer a inflação à meta de 2%.

Ainda que os índices inflacionários tenham arrefecido desde a reunião anterior, o Fed tem relutado em mudar seu discurso austero. Os preços seguem distantes da meta e o mercado de trabalho continua aquecido, com uma taxa de desemprego praticamente estagnada em 3,6%.

No comunicado, o Fed reconhece que a economia americana está crescendo em ritmo moderado.

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A próxima reunião do Fomc está marcada para os dias 19 e 20 de julho. São quase oito semanas em que a inflação pode seguir moderando e fazer com que a decisão desta quarta-feira seja a última alta de juros conduzida pelo BC americano este ano.