Fed reduzirá compra de títulos em US$ 15 bilhões por mês a partir do final de novembro

Estímulo vinha ocorrendo por meio da compra de US$ 120 bilhões mensais em títulos públicos e das taxas de juros muito próximas a zero.

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Federal Reserve anunciou o tão esperado cronograma para o tapering, o processo de retirada de estímulos à economia dos EUA, conforme divulgou a autoridade monetária após reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) nesta quarta-feira (3).

O tapering começa no final desse mês, com uma redução de US$ 15 bilhões no programa de compra de papéis, sendo US$ 10 bilhões em Treasuries e US$ 5 bilhões em bônus atrelados a hipotecas. .A redução das compras começa em novembro, sendo acelerada em dezembro.

Esse é o primeiro passo para retirar a enorme quantidade de apoio que a autoridade monetária tem fornecido aos mercados e à economia. Na prática, esse estímulo vem da compra até o momento de US$ 120 bilhões mensais em títulos (US$ 80 bilhões em Treasuries, títulos da dívida americana, e US$ 40 bilhões em bônus atrelados a hipotecas) e das taxas de juros muito próximas a zero, entre 0% e 0,25%, o que foi mantido.

Na ata da reunião de 21 e 22 de setembro, as autoridades do banco central já tinham sinalizado que uma redução das compras mensais de ativos de US$ 120 bilhões seria a aprovada no encontro desta semana do Comitê Federal de Mercado Aberto.

O comitê disse, em comunicado da reunião desta quarta-feira, que a mudança veio “à luz do progresso substancial que a economia fez em relação às metas desde dezembro passado. O documento, contudo, ressaltou que o Fed não está em um curso preestabelecido e fará ajustes no processo, se necessário.

“O Comitê julga que reduções semelhantes no ritmo de compras de ativos provavelmente serão apropriadas a cada mês, mas está preparado para ajustar o ritmo de compras se justificado por mudanças nas perspectivas econômicas”, disse.

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Junto com o movimento de redução gradual, o Fed também alterou ligeiramente sua visão sobre as inflações, reconhecendo que os aumentos de preços têm sido mais rápidos e duradouros do que os bancos centrais haviam previsto.

“A inflação está elevada, refletindo em grande parte fatores que se espera sejam transitórios”, disse o comunicado. “Os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia e à reabertura da economia contribuíram para aumentos consideráveis ​​de preços em alguns setores.”

O Comitê também destacou que “a atividade econômica e o emprego continuam a se fortalecer”, mas não alterou sua intenção de deixar a taxa básica de juros perto de zero até que a inflação atinja 2% e esteja “a caminho de superar moderadamente 2% por algum tempo”.

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No geral, o Fed disse ainda acreditar que a inflação alta recente vai desacelerar, mas a pequena mudança na linguagem indica que as autoridades do Fed acreditam que o processo vai levar mais tempo.

A inflação medida pelo PCE, índice preferido do Fed, está o dobro da meta desde maio, mas as autoridades estão relutantes em mudar seu cenário para a política monetária até que esteja claro que o ritmo de aumentos de preços não irá enfraquecer sozinho.

(com Reuters)

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