Fazenda informa que presidente do BB participará de reunião com Meirelles e Pezão

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (11)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa reverte a alta registrada nesta manhã e opera em queda nesta quarta-feira (11), com o mercado à espera da entrevista coletiva do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O tom vai definir o humor do mercado. 

No índice, lideram os ganhos os papéis das exportadoras Embraer e Braskem, que operam neste momento no maior patamar do dia, impulsionados pela valorização do dólar frente ao real. O dólar comercial registrava alta de 0,82%, a R$ 3,2250 na venda. 

Na esteira, aparecem as ações da Vale, que dão continuidade aos ganhos de ontem, puxadas pelo movimento positivo do minério de ferro, enquanto Petrobras tem desempenho misto, após decepção com os dados de estoques nos Estados Unidos.  

Confira abaixo os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 28,25, +0,32%)
O ministério da Fazenda informou que o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, participará de uma reunião com o titular da pasta, Henrique Meirelles, e com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão no fim da tarde desta quarta-feira (11). Mais cedo, às 12h15, Caffarelli e Meirelles já haviam se encontrado, segundo agenda oficial do ministro.

Petrobras (PETR3, R$ 17,77, +0,91%; PETR4, R$ 15,42, -0,39%)
As ações da Petrobras operam entre leves ganhos e perdas, após alta de mais de 1% nesta manhã. O movimento ocorre na esteira dos preços do petróleo no mercado internacional, que reduzem os ganhos após decepção com os dados de petróleo nos EUA. Segundo o Departamento de Energia, os estoques de petróleo cresceram 4,1 milhões barris na semana encerrada em 6 de janeiro, contra projeções da Bloomberg de alta de 930,1 mil barris. Vale lembrar que apesar dos dados ruins o petróleo segue no campo positivo, sustentado por notícias divulgadas mais cedo de que a Arábia Saudita iria cortar a oferta para a Ásia, embora ainda persista dúvidas sobre uma real redução na produção. 

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Além disso, no radar, a Petrobras informou que sua produção média de petróleo no Brasil atingiu, em 2016, recorde histórico, alcançando a marca de 2.144.256 barris por dia, 0,75% acima do resultado do ano anterior e em linha com a meta prevista para o período. De acordo com o Itaú BBA, a entrega das metas de produção pelo segundo ano consecutivo ajuda a gestão da companhia a adquirir confiança.

Vale (VALE3, R$ 28,73, +0,76%; VALE5, R$ 26,37, +0,76%)
Após disparar 7% na véspera, as ações da mineradora seguem o rali após o minério de ferro negociado no porto de Qingdao registrar alta de 1,23% nesta quarta, cotado a US$ 80,41.

Braskem (BRKM5, R$ 36,56 +3,01%)
A Braskem acertou na terça-feira a venda de sua distribuidora de produtos químicos quantiQ, para a GTM, controlada pelo fundo de private equity Advent, por R$ 550 milhões, anunciaram as companhias em comunicados separados.

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Segundo a Braskem, do valor total, R$ 450 milhões serão pagos no ato da venda e o restante em até 12 meses. A GTM também opera em México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru e Argentina.

De acordo com o BTG Pactual, o valor foi abaixo do que vinha sendo especulado pelos jornais (R$ 1 bilhão) em outubro de 2016, mas ainda assim a um múltiplo atrativo de 12 vezes o EV/EBITDA. “A transação é pequena frente ao market cap da companhia, que não deve ser impactada estrategicamente, uma vez que ela é muito bem posicionada no mercado doméstico”. 

OGPar (OGXP3, R$ 5,30, +18,30%)
A OGPar e a OGX Petróleo e Gás, em recuperação judicial, chegaram a um acordo com três grupos de credores no qual todos créditos em abertos serão convertidos em ações da OGX. O primeiro grupo de credores detém títulos emitidos pela OSX-3 Leasing BV. Já o segundo possui créditos referentes a financiamentos na forma de “Incremental Facility”, enquanto o terceiro é titular de debêntures garantidas pela OGX. A companhia fará teleconferência às 14h30 sobre o assunto.

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Usiminas (USIM5, R$ 4,32, -4,42%)
As ações da Usiminas caem forte após a assembleia dos acionistas da joint venture Mineração Usiminas (Musa) terminar na terça-feira sem acordo sobre uma operação de redução de capital, que poderia render recursos para a Usiminas honrar acordo de refinanciamento assinado no ano passado com bancos credores, de acordo com comunicado da siderúrgica ao mercado.

A assembleia marcada para esta terça-feira reuniu representantes da Usiminas, que detém 70 por cento da Musa, e da Sumitomo Corporation, grupo japonês que detém o restante da mineradora. Apesar da Usiminas ser acionista majoritária, o uso de R$ 700 milhões do caixa da mineradora pelo grupo siderúrgico brasileiro precisa da aprovação do conglomerado japonês, que rejeitou a operação. A assembleia da Musa foi convocada no fim do ano passado e tinha como proposta uma redução de capital social em R$ 1 bilhão. A mineradora tinha na época recursos de R$ 1,3 bilhão em caixa. Representantes da Sumitomo Corporation do Brasil se recusaram a comentar o assunto. 

Segundo o Bradesco BBI, as “notícias são negativas na margem”. A redução de capital é parte de renegociação firmada com bancos em setembro. A “Usiminas ainda tem tempo suficiente para solucionar a situação” e pode incluir contestação da decisão da Sumitomo na justiça. Para o Credit Suisse, apesar de não ser ainda uma decisão final, o anúncio pode levantar questões sobre a conclusão da renegociação da dívida da Usiminas.

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Gerdau (GGBR4, R$ 12,13, +1,25%)
Enquanto as ações da Usiminas caem, as da Gerdau registram ganhos.  
Conforme aponta o BTG Pactual, a SBB afirma que a empresa está aumentando preços do vergalhão em US$ 40 a tonelada nos EUA devido aos custos crescentes de sucata. É a quarta e mais agressiva alta de preços até então. Segundo os analistas do banco, o fluxo de notícias é positivo. “O resultado do quarto trimestre já é esperado pelo mercado e o principal driver para o case deve ser aumento de preços e um call de normalização. Seguimos otimistas com o case e acreditando numa alta de preços em breve para o Brasil”, afirmam. 

Suzano (SUZB5, R$ 13,75, +1,03%) e Fibria (FIBR3, R$ 31,64, +0,89%)
Em um dia de alta para o dólar com o mercado de olho na primeira coletiva do presidente eleito Donald Trump, as ações de papel e celulose registram ganhos. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro registra ganhos de 0,68%, a R$ 3,2360, enquanto o comercial tem ganhos de 0,56%, a R$ 3,2165. 

Além disso, a Citi Corretora apontou ver mais aumentos do preço de celulose na China, o que deve impactar positivamente as empresas do setor na América Latina. “Nossa recente checagem de canal na China revelou um tom positivo no curto prazo para fibra curta dada a atividade de compra antes do ano novo chinês e de maiores preços no mercado a vista. Encontramos consenso para elevações adicionais de preço em fevereiro dado que os preços no mercado a vista agora estão US$ 40-50 a tonelada acima dos preços em janeiro de US$ 530-540 a tonelada”, afirma.

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Segundo os analistas, os compradores confirmaram a aceitação de aumentos nos preços da celulose em meio ao aumento nos preços de papel e melhores dados de atividade industrial. “Fibria e Suzano são as que mais se beneficiam do aumento no preço da celulose”, apontam.

Marisa (AMAR3, R$ 6,20, -4,47%)
Após subir na véspera em meio à perspectiva de queda para a Selic, as ações da Marisa devolvem fortemente os ganhos. Vale destacar que, segundo relatório de sensibilidade do BTG Pactual, a cada 1 ponto percentual de queda do CDI, o lucro da companhia tem impacto positivo de 0,82 ponto, fazendo a empresa ser a segunda maior beneficiada em caso de corte da taxa de juros. 

Duratex (DTEX3, R$ 7,18, -5,03%)
As ações da Duratex afundam após corte de expectativa pelo BTG Pactual. Os analistas Leonardo Correa e Caio Ribeiro, do banco, disseram em relatório que o cenário permanece complicado no curto prazo. Eles comentaram que 
entendem lógica por trás de forte desempenho da Duratex (a companhia pode se beneficiar com mercado imobiliário e queda de juros), mas ainda enfrentam dificuldade em ver suporte a esse desempenho de uma perspectiva mais importante. 

Segundo eles, as evidências sólidas de uma recuperação da demanda ainda não estão presentes e o ambiente competitivo ainda é preocupante. O banco espera recuperação mais lenta que a inicialmente prevista e revisou preço justo da ação de R$ 9,00 para R$ 8,00. 

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 12,96, -3,38%)
O conselho de administração da Iochpe-Maxion aprovou ontem um aumento de capital de R$ 400 milhões, ou R$ 12,70, ou 5% abaixo do fechamento da última terça-feira. O anúncio não trouxe grandes mudanças em relação aos termos que já tinham sido anunciados pela empresa em dezembro do ano passado. 
Vale lembrar que uma subscrição minima de R$ 75 milhões já está garantida pelos seguintes acionistas: Dan Ioschpe, Mauro Litwin Iochpe e Leandro Kolodny e WPA Participações. “Considerando que a alavancagem alta é um fator de risco importante para o case, recebemos bem o aumento de capital”, comentaram os analistas do BTG Pactual.