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2024 promete vendas mais fracas de medicamentos devido ao menor reajuste esperado, de acordo com o Citi. O movimento deverá impactar ações de nomes do setor como Blau Farmacêutica (BLAU3), Hypera (HYPE3), Viveo (VVEO3) e RaiaDrogasil (RADL3).
Além disso, nomes como Oncoclínicas (ONCO3) deverão ser afetados, considerando que possuem contratos atrelados ao índice do Comitê Técnico-Executivo da de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
As ações das companhias mencionadas na análise do banco estão em queda na tarde desta terça-feira (2), às 16h20 (horário de Brasília), em um dia de forte baixa do Ibovespa. Os papéis da Blau caem 4,01%, a R$ 15,75; Hypera desce 1,87%, a R$ 35,08, Viveo recua 3,08%, a R$ 13,52, RaiaDrogasil desce 1,32%, a R$ 29,01 e Oncoclínicas perde 3,3%, a R$ 12,57.
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O Citi considera que as tendências de receitas para as companhias serão negativamente afetadas, assim como é possível esperar uma “expansão mais suave da margem bruta para RaiaDrogasil no segundo trimestre”, afirma. A análise leva em consideração a deliberação do CMED sobre o cálculo que será realizado para índice que reajusta medicamentos.
“De acordo com o IPCA reportado em novembro de 2023 (que não deve diferir significativamente da inflação acumulada nos últimos 12 meses esperada para fevereiro de 2024) e um provável baixo fator de contribuição Y, agora estimamos o limite de precificação para 2024 em cerca de 4,7%, ou ligeiramente abaixo da linha de base de 5,6% em 2023”, considera o Citi.
Fator X
O órgão definiu, em reunião ordinária ocorrida em 15 de dezembro, o Fator X, parte da fórmula que compõe o reajuste para o ano seguinte, seria equivalente a zero para 2024, pelo terceiro ano consecutivo.
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A decisão, divulgada em 27 de dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), baseia-se em nota técnica da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda que concluiu que o cálculo do Fator X (que indica o índice de produtividade da indústria farmacêutica) seria de -4,75% para período entre julho de 2023 e julho de 2024. Como não são considerados valores negativos na fórmula utilizada, o Fator X para 2024 foi equivalente a zero.
“Conforme a concepção teórica do esquema regulatório mundialmente conhecido como price-cap (sistema de preço máximo), o Fator X deve gerar incentivos às empresas e ao setor regulado para buscarem ganhos de produtividade de forma organizada, não devendo assumir valores negativos, pois, neste caso, os incentivos seriam perversos: as empresas menos produtivas seriam beneficiadas com aumentos de preços”, explicou a Anvisa no comunicado.
A fórmula é composta por índice de preços (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA); fator de produtividade (Fator X); fator de ajuste de preços relativos entre setores (Fator Y); e fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z).
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O modelo de reajuste tem como base a lei 10.742/2003 e prevê equalizar interessantes de consumidores e farmacêuticas, uma vez que evita reajustes muito acima da inflação mas viabiliza medicamentos no mercado com preços competitivos.
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