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SÃO PAULO – Mesmo após o encerramento dos negócios nesta segunda-feira (20), o noticiário corporativo e político seguiu bastante agitado. Entre os destaques estão a fala do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e também do diretor do Banco Central, Tony Volpon. Confira os destaques deste after market:
Selic
Durante evento com investidores realizado nesta segunda-feira (20) em São Paulo, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tony Volpon, afirmou que é a favor de que a autoridade continue elevando os juros até o próximo ano. Segundo ele, o BC só deve iniciar a queda das taxas após a inflação voltar para o centro da meta.
Durante sua fala, Volpon afirmou que apenas com uma ancoragem das expectativas é que será possível iniciar o processo de queda dos juros. “Com ancoragem, começa a haver luz no fim do túnel”, disse. Segundo ele, a ancoragem tem sido uma “excelente notícia para todo mundo”. Para ele, qualquer Banco Central que começa a reduzir juros “antes da ancoragem das expectativas” corre o risco de a inflação voltar.
Even
A prévia operacional da Even Construtora (EVEN3), divulgada hoje, após o fechamento do pregão, mostrou uma dura queda em seus principais indicadores operacionais, o que abre um precedente negativo para o balanço auditado que a companhia deve divulgar em 6 de agosto.
Segundo o comunicado, os lançamentos totalizaram R$ 205 milhões neste trimestre, o que indica queda de caíram 65% em relação ao 2º quarto de 2014. As vendas da empresa também recuaram forte na mesma base comparativa: 30,69%, indo de R$ 378 milhões para R$ 262 milhões.
BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) teve a recomendação de suas ações rebaixada de compra para neutra pelo analista Eduardo Rosman, do BTG Pactual. O preço-alvo para 12 meses é de R$ 13,00 por ação (upside de 13% em relação ao último fechamento).
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IPO
A empresa norte-americana de meios eletrônicos de pagamentos First Data pediu registro da autoridade reguladora dos EUA para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
A empresa disse que continuará a ser controlada pela gigante de compras KKR após a operação. A companhia não informou quem coordenará a oferta. Uma das aquisições alavancadas que ilustraram a compulsão por crédito que precedeu a crise financeira de 2008, a First Data provou ser um investimento desafiador para a KKR, que a comprou em 2007 por aproximadamente 29 bilhões de dólares.
A processadora de pagamentos reportou prejuízo de 112 milhões de dólares no primeiro trimestre. A companhia tem operações no Brasil, onde compete com as gigantes locais Cielo e Rede, do Itaú Unibanco.
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Light
A distribuidora de energia, Light (LIGT3) divulgou informações prévias operacionais dos segmentos de distribuição, geração e comercialização de energia do segundo trimestre de 2015, hoje. O número de consumidores teve um aumento de 2,7% em relação ao período do ano passado, saindo de 4,156 para 4.269.
O consumo de energia elétrica (R$/MWh) no primeiro semestre deste ano, teve um aumento de 21,5%, indo de 156 para 186. Já o volume de energia comercializada, teve queda neste trimestre ao totalizar 1.261,0 GWh, 4% abaixo dos 1.313,5 GWh comercializados em igual período de 2014.
JSL
A JSL (JSLG3) apresentou hoje os dados preliminares e não auditados da sua receita bruta, referentes ao segundo trimestre e primeiro semestre de 2015.
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A receita bruta da companhia teve aumento de 0,7% em relação ao segundo trimestre de 2014, totalizando o período com R$ 1,127 milhões contra R$ 1,119 milhões, onde os serviços dedicados e gestão e terceirização representaram 78,3% da receita de Serviços no trimestre deste ano.
Net
O ex-presidente da companhia Net ( ), José Félix foi nomeado presidente da América Móvil no Brasil, informou o grupo de telecomunicações de origem mexicana, acrescentando que passará a ser organizado em três unidades de negócios no país. José Félix era presidente da operadora de TV paga NET desde janeiro de 2008.
Claro, Net e Embratel passaram a integrar a Claro Telecom Participações, do grupo América Móvil, no início deste ano.
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Eduardo Cunha
Em meio ao esquentado clima político em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (20) que não está de “fuzil de guerra”. A afirmação ocorreu após o líder do governo na Casa, o deputado José Guimarães (PT-CE), afirmar que irá “estender a bandeira banca” no Congresso.
“Não precisa estender bandeira branca porque eu não estou de fuzil de guerra”, afirmou Cunha. “O fato de eu, na minha militância política, ter mudado meu alinhamento político não significa que o presidente da Câmara vai exercer a presidência da Câmara com viés de qualquer natureza”, completou.
O presidente da Câmara ainda disse que a forma como os trabalhos serão conduzidos na Casa será de “independência de Poderes com harmonia”. “Eu estou num alinhamento político diferente do que eu estava antes. Esse alinhamento tem a ver com a minha militância política. Não tem a ver com o ato do exercício da presidência da Câmara”, completou.
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Premiê português
O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, confirmou hoje que conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o interesse da Odebrecht no processo de privatização da portuguesa EGF. O primeiro-ministro reuniu-se com Lula três vezes e, em abril do ano passado, eles teriam tratado de uma eventual compra da estatal pela Odebrecht.
“Se por acaso alguma menção tenha sido feita (à Odebrecht), foi meramente incidental ou insignificante, no sentido em que poderia haver maior interesse por parte das empresas brasileiras em processos que estivessem anunciados para o futuro”, disse Coelho. “Isso pode ter acontecido”, afirmou. Coelho disse que Lula “não meteu cunha”, expressão portuguesa usada para dizer que o ex-presidente não fez lobby em favor da construtora brasileira.