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O Ibovespa sobe nesta quinta-feira, 2, na volta do feriado do Dia do Trabalhador, na quarta-feira, refletindo o sinal menos duro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) da véspera e a decisão da Moody’s, que elevou a perspectiva da dívida soberana do Brasil de “estável” para “positiva”.
Após abrir aos 125.925,55 pontos, o Índice Bovespa avançou 1,20%, indo à máxima dos 127.439,67 pontos, quando quase todas as 86 ações da carteira subiam. Em Nova York, as bolsas abriram em alta, ainda ecoando os sinais do Fed.
“Algumas declarações do presidente do Fed Jerome Powell antes da decisão sobre juros ontem indicaram um tom mais duro e ontem as afirmações vieram um pouco mais tranquilas em relação à política monetária americana”, afirma Gustavo Corradi Matos, CIO da Medici Asset.
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Na quarta-feira, o Fed manteve juros à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, como o esperado, indicou que um aumento das taxas é improvável, mas poderá demorar mais tempo para decidir cortar a taxa básica de juros dos EUA. Após a decisão, as apostas voltaram a indicar chance de início de corte dos juros americanos em setembro.
“Tem um ajuste técnico e a perspectiva é boa, mas não a ponto de recuperar os 130 mil pontos”, avalia Bruna Centeno, sócia e especialista da Blue3 Investimentos, ao referir-se à importante marca psicológica dos 130 mil pontos do principal indicador da B3. Aqui, os juros futuros caem com força.
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“O fato de o Fed indicar que não subirá os juros, por ora, como muitos cogitavam, é positivo”, completa Bruna, da Blue 3, acrescentando ainda que a decisão da Moody’s também é bem vista no sentido de poder tirar um pouco da pressão sobre o Banco Central. Ou seja, pode levar a autoridade monetária a manter o ritmo de corte de meio ponto porcentual na Selic, e não diminuir a velocidade para 0,25 ponto.
Para Mônica Araujo, estrategista de renda variável da InvestSmart, a decisão da agência de classificação de risco foi uma surpresa e também ajuda o Índice Bovespa a se ajustar, mas não indica uma tendência. Na terça, fechou em queda de 1,12%, aos 125.924,19 pontos, encerrando abril com queda de 1,70%.
A mudança da Moody’s foi motivada pela trajetória de crescimento e também a expectativa de um desenho mais positivo das contas públicas, com o novo arcabouço atuando para estabilizar a dívida brasileira à frente.
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Segundo Mônica, como o processo fiscal no Brasil ainda não está consolidado, assim como um recuo dos juros nos Estados Unidos, ainda não se trata de algo conclusivo, que garantirá uma dinâmica de alta do Ibovespa e uma retomada do capital externo para a B3.
Na mesma linha, Matos, CIO da Medici Asset, ressalta que a ainda que a inflação americana esteja arrefecendo, o processo acontece lentamente. “Hoje saiu um índice do custo de mão de obra dos EUA subiu 4,7% no 1º tri, ante previsão de 2,3% acima do esperado. Ainda vemos pressão na inflação”, alerta. De todo modo, diz que o fato de as expectativas serem reajustadas de um corte dos juros nos EUA começando em setembro e não mais em novembro, ajuda.
Ao mesmo tempo, os investidores avaliam o balanço do Bradesco (BBDC4), informado mais cedo. O banco encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões, um resultado 1,6% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, mas que veio 46,3% acima do registrado no quarto trimestre de 2023. O lucro de R$ 4,211 bilhões ainda ficou 6,8% acima do Prévias Broadcast.
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“Os balanços sempre acabam gerando volatilidade e podem indicar tendência dos próximos resultados, com algumas vezes o micro preponderando sobre as questões macroeconômica”, diz a estrategista de renda variável da InvestSmart.
Às 11h38, o Ibovespa subia 0,79%, aos 126.921,57 pontos. Bradesco caia entre 1,29% (ON) e -1,71% (PN), mas os demais papéis de grandes bancos subiam. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) avançavam na esteira da alta das commodities.