Explicações da Atom, Eletrobras em NY e mais uma fusão agitam o noticiário da noite

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quinta-feira (2)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após um pregão agitado por diversas notícias, principalmente relacionadas à fusões e aquisições de empresas, o radar da noite desta quinta-feira (2) segue bastante agitado, com destaque para o noticiário envolvendo as companhais elétricas. Confira abaixo os principais destaques corporativos desta noite:

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informa que apresentou nesta quinta-feira, 2, um “Request for Review” junto à Bolsa de Nova York (NYSE), com os temas que pretende contemplar no recurso a ser apresentado no âmbito do processo de deslistagem dos American Deposit Shares (ADS) emitidos pela companhia.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal informa que a Nyse agendará data para apresentação do recurso propriamente dito.

As negociações dos papéis da estatal foram suspensos pela bolsa americana no último dia 18, porque a empresa não entregou o Formulário 20-F relativo às demonstrações contábeis de 2014, como exige a agência reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos, a SEC.

A dificuldade de a companhia concluir o arquivamento do 20-F, referente aos anos de 2014 e 2015, está relacionada ao fato de que a estatal ainda está realizando investigações internas sobre irregularidades em contratos feitos pelas empresas que compõem o grupo.

Essas investigações foram iniciadas depois da citação da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, em denúncias relacionadas à operação Lava Jato. Depois, foram ampliadas na medida em que outras empresas estavam sendo envolvidas, conforme as fases da Lava Jato foram avançando. Sem a conclusão da investigação, auditores externos – a KPMG, neste caso – se recusam a assinar um balanço sem ressalvas. E a SEC não aceita um 20-F com ressalvas.

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Restoque
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Restoque (LLIS3) e a Inbrands confirmam a assinatura de um memorando de entendimento entre as duas. De acordo com o documento, o objetivo é a combinação de 100% da operação das empresas.

As Empresas devem trabalhar nas próximas semanas em “due diligence” recíproco, diz o comunicado, que explica ainda que a companhia resultante considerará oferta pública de ações para captar recursos, com ancoragem dos principais acionistas.

Energisa
A Energisa (ENGI4) pediu à CVM autorização para fazer uma oferta de units, que serão representadas, cada uma, por uma ação ordinária e quatro preferenciais, segundo informou a companhia em fato relevante.

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A empresa pretende fazer a oferta pública de distribuição primária de determinada quantidade de units lastreadas em ações ONs e PNs. Segundo o comunicado, os coordenadores são o Citigroup Global Markets Brasil, Bradesco BBI, Bank of America Merrill Lynch, Banco Múltiplo e BTG Pactual. O preço das units será decidido após bookbuilding.

Atom
A Atom (ATOM3) ressaltou em comunicado ao mercado que realizará nesta sexta-feira (3) um grupamento de suas ações na proporção de 5 para 1. A diretora de Relações com Investidores, Ana Carolina Paifer, comentou ainda sobre um suposto pedido de recuperação judicial da companhia.

Segundo ele, não foi recebido ainda o documento oficial, “mas adiantamos que nossa equipe já está trabalhando na contestação e que entendemos que infelizmente houve um equívoco no processo”. “Estamos tomando todas as providências para que seja corrigido este equívoco, uma vez que a Companhia não pertence ao antigo controlador e a mesma não possui ativos que poderiam ajudar aos credores da antiga controladora. Assim que a companhia for notificada oficialmente, novos comunicados com atualizações serão publicados”, afirmou.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.