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Resultado do segundo trimestre de 2024 (2T24) da Petrobras (PETR4) (PETR3) foi agitado, com alguns dados em linha e outros nem tanto. Mas no fim, projeta-se pagamentos de dividendos extraordinários esse ano pela estatal.
Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, que participou nesta sexta (9) do Morning Call da XP, explicou que o Ebitda recorrente de cerca de US$ 12 bilhões atingidos pela Petrobras no 2T24 foi marginalmente melhor do que a estimativa da casa de em mais 3%, mas 5% menor do que o consenso de mercado.
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Sem preocupação
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“A gente já estava mais conservadores e tinha uma expectativa de um resultado um pouco mais fraco”, disse.
Uma história parecida ocorreu com o lucro líquido. O analista disse que a XP esperava um lucro “pequeninho”, estimado em US$ 140 milhões. Já o consenso era de US$ 3,3 bilhões positivos. Na prática, o resultado foi um prejuízo líquido de US$ 344 milhões.
Para Regis Cardoso, o prejuízo não é motivo de preocupação. “Ele foi causado por efeitos não caixa e não recorrentes. A exemplo do pagamento de acordo com o Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), da depreciação do câmbio e uma provisão atuarial de plano de saúde”, explicou. “Isso não deve se repetir nos períodos seguintes”, acrescentou.
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De acordo com o analista, se não houvesse esses efeitos, o lucro da Petrobras no 2T24 teria sido positivo em US$ 5,4 bilhões.
Geração de caixa em linha
A geração de caixa também foi em linha com a estimativa da XP e também com o consenso: US$ 3,7 bilhões. “A gente chega a uma geração de caixa anualizada de 20% sobre o preço de tela atual. Esse é muito a razão de novo otimismo com case de Petrobras. Ele valida a tese”, disse.
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“Boa parte dessa geração de caixa deve virar dividendos”, complementou. Junto com os resultados do 2T24, a Petrobras anunciou dividendos de cerca de R$ 13,6 bilhões.
“A gente acha que haverá ainda esse ano pagamento de dividendo extraordinário. A nossa expectativa é que ele venha junto com o resultado do terceiro trimestre”, afirmou.
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Redução de Capex
O analista destacou ainda que houve redução do investimento previsto para esse ano. “Isso era uma coisa que o mercado já esperava pelo ritmo de execução que a Petrobras vinha fazendo”, ressaltou.
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“Agora, o investimento estimado para o ano é de US$ 13,5 a US$ 14,5 bilhões – antes era US$ 18,5 bilhões. Isso é até ligeiramente abaixo do que a gente esperava que era de US$ 15 bilhões”, disse. Para o analista, a redução do Capex abre as portas para pagamento de mais dividendos pela Petrobras.