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Numa sessão marcada pelo baixo volume de negócios, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram o pregão praticamente inalteradas.
Na ponta curta, as taxas tiveram leve alta diante dos dados do Boletim Focus e do anúncio de suspensão da dívida do Rio Grande do Sul, mas o mercado hesitou em se mover para uma ou outra direção antes da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta terça, 14, e dos dados sobre a inflação dos Estados Unidos, na quarta-feira, 15.
No caso da ata, o ponto central é entender o que levou à divisão do Copom na reunião de quarta-feira, quando todos os diretores indicados pelo atual governo preferiram apoiar um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, contrariando o voto do grupo majoritário, que decidiu por uma redução de 0,25 ponto.
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O comunicado do Copom não explicitou os fundamentos do voto perdedor, que tinha apoio no mercado financeiro, ainda que a maioria dos especialistas esperasse um corte de 0,25 ponto, dadas as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nas semanas que antecederam a reunião.
“Muitas pessoas esperavam 0,25 ponto porque perceberam que seria 0,25, não porque concordassem”, disse Gustavo Cruz, estrategista chefe da RB Investimentos. “Agora, estão querendo entender por que votaram. Se tem uma divisão gigantesca no Banco Central ou se é só uma questão com o ritmo”, acrescentou.
Fato é que a divisão no Copom contribuiu para estender a piora das expectativas de inflação no Boletim Focus. A previsão do mercado para a alta do IPCA em 2025 subiu pela segunda semana seguida, a 3,66%. Um mês atrás, estava em 3,56%. Também influenciou nas expectativas para Selic, que subiram a 9,75% para o fim deste ano e a 9,00% em 2026, de 9,63% e 8,75%, respectivamente, uma semana atrás.
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Outro ponto que contribui para a quase paralisia das taxas hoje é a expectativa com os dados de inflação dos Estados Unidos. A previsão é de que o índice de preços ao consumidor do país desacelere o ritmo de alta de 3,5% para 3,4% no acumulado dos 12 meses até abril. Para o núcleo da inflação, a previsão também é de desaceleração – de 3,8% para 3,6%.
A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 fechou a 10,310%, de 10,305% no ajuste de sexta-feira. A taxa para janeiro de 2026 ficou em 10,575%, de 10,567% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 fechou a 10,950%, de 10,965%, enquanto a do contrato para janeiro de 2029 recuou a 11,475%, de 11,509%.
As taxas chegaram tentar sair da paralisia hoje, em particular nos vértices mais curtos, após o anúncio da suspensão da dívida do Rio Grande do Sul pela União por três anos. A notícia foi antecipada pelo Broadcast, mas a confirmação pelo governo chegou a dar um leve impulso às taxas no fim da tarde.
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O movimento, porém, foi contido, tanto pela hesitação do mercado em assumir grandes posições antes da ata e dos números de inflação americanos, quanto pelo fato de que ainda é cedo demais para medir o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o cenário econômico.
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