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O executivo Marcelo Chara, diretor industrial da Ternium na Argentina, foi nomeado o novo presidente da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A aquisição da usina da ThyssenKrupp pela companhia argentina acaba de ser concluída, depois do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com a transação, a usina no Rio de Janeiro será rebatizada de Ternium e será a primeira fábrica da empresa no Brasil. Chara foi um dos executivos da Ternium destituídos da Usiminas há três anos, momento em que se tornou pública a briga societária na siderúrgica mineira, que se arrasta até hoje.
Agora, a Ternium amplia sua atuação no Brasil, após um desembolso de 1,4 bilhão de euros pela CSA. Para financiar essa aquisição, a empresa fez um empréstimo com um sindicato de bancos por um prazo de cinco anos em um montante principal de US$ 1,5 bilhão.
No contrato fechado, a Thyssen cedeu à Ternium um acordo de fornecimento de 2 milhões de toneladas de placas por ano produzidas na usina da CSA no Brasil para a Calvert, antiga planta de laminação da Thyssenkrupp no Alabama, Estados Unidos.
A Ternium já havia tentado comprar a operação da Thyssen, localizada no Rio de Janeiro. Há alguns anos, o grupo alemão havia colocado à venda a CSA juntamente com sua laminadora de aço nos Estados Unidos, mas acabou vendendo essa unidade em separado. A Ternium possui déficit de placas em sua operação no México, o que traz sinergias entre as usinas
A CSA possui capacidade anual de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço. Com uma produção de aço bruto de 6 milhões de toneladas e despachos de 9,8 milhões de toneladas, a Ternium comprou aproximadamente 3,7 milhões de toneladas de placas de aço de terceiros em 2016.