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Bloomberg — A decisão do governo Biden de abrir negociações para suspender temporariamente as sanções contra a Venezuela levanta a possibilidade de que a produção de petróleo finalmente possa se recuperar no país, que tem as maiores reservas do mundo.
A flexibilização das sanções poderia revitalizar projetos de perfuração há muito esperados pela Chevron Corp., a única empresa de petróleo dos EUA com operações na Venezuela, bem como pelas empresas europeias Eni SpA, Repsol SA e Maurel & Prom.
“A Venezuela poderia adicionar 200.000 barris por dia até 2025 e atingir 1 milhão de barris por dia como resultado de negociações bem-sucedidas e novas emissões de licenças”, disse Francisco Monaldi, um pesquisador em política energética da América Latina do Baker Institute for Public Policy da Rice University.
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A Chevron planeja perfurar novos poços em 2024 e poderia atingir uma produção de 200.000 barris por dia até o final desse ano, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
As sanções, em grande parte implementadas sob o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, agravaram a crise econômica e humanitária de longa data na Venezuela, dificultando as vendas de petróleo.
A Venezuela tem cerca de 300 bilhões de barris de reservas provadas de petróleo, superando a Arábia Saudita no topo do ranking mundial. No entanto, a indústria petrolífera do país sul-americano está em frangalhos após anos de má gestão e sanções, o que fez com que a produção caísse para um nível de 750.000 barris por dia, o mais baixo em 50 anos.
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Razões para o pessimismo permanecem, porém. As negociações das sanções dependem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concordar em realizar uma eleição presidencial competitiva em 2024 e libertar prisioneiros políticos. No passado, ele demonstrou pouca vontade de fazê-lo.
Também não está claro se a suspensão temporária das restrições ofereceria à indústria do petróleo espaço suficiente para uma recuperação significativa.
Embora limitada pelas sanções, a Chevron mais do que dobrou sua produção para 135.000 barris por dia em maio, em comparação com outubro, um mês antes do Tesouro dos EUA emitir uma licença permitindo à empresa assinar novos acordos operacionais com a empresa estatal de petróleo do país.
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Maurel & Prom e Eni se recusaram a comentar, citando negociações pendentes com a PDVSA. Representantes das outras empresas de petróleo não puderam ser contatados imediatamente para comentar.