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VARSÓVIA (Reuters) – Os Estados Unidos abrirão oficialmente uma nova base de defesa aérea no norte da Polônia nesta quarta-feira (13), enquanto Varsóvia busca tranquilizar seus cidadãos de que a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) garante sua segurança em meio ao nervosismo após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.
Situada na cidade de Redzikowo, perto da costa do Báltico, a base vem sendo trabalhada desde os anos 2000 e Varsóvia diz que isso mostra que a aliança militar da Polônia com Washington continua sólida, independentemente de quem esteja na Casa Branca.
“Demorou um pouco, mas essa construção prova a determinação geoestratégica dos Estados Unidos”, disse o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, em um vídeo postado no X na terça-feira.
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O presidente da Polônia, Andrzej Duda, um conservador que enfatizou seus laços calorosos com Trump, comparecerá a uma cerimônia de inauguração da base, que o Kremlin chama de uma tentativa de conter a Rússia ao levar a infraestrutura militar norte-americana para mais perto de suas fronteiras.
As críticas anteriores de Trump geraram preocupações em alguns membros da Otan, pois ele prometeu que os Estados Unidos, sob sua liderança, não defenderiam países que não gastassem o suficiente em defesa.
No entanto, a Polônia diz que não deve ter nada a temer, pois é o país que mais gasta com defesa em relação ao tamanho de sua economia.
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Escudo de mísseis
A base dos EUA em Redzikowo faz parte de um escudo antimísseis mais amplo da Otan, denominado “Aegis Ashore”, que, segundo a aliança, pode interceptar mísseis balísticos de curto e intermediário alcance.
Outros elementos importantes do escudo incluem um segundo local na Romênia, destróieres da Marinha dos EUA baseados no porto espanhol de Rota e um radar de alerta antecipado na cidade turca de Kurecik.
Moscou já havia classificado a base como uma ameaça em 2007, quando ainda estava sendo planejada.
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A Otan afirma que o escudo é puramente defensivo.
Fontes militares disseram à Reuters que o sistema na Polônia agora só pode ser usado contra mísseis disparados do Oriente Médio e que o radar precisaria de uma mudança de direção para interceptar projéteis da Rússia, um procedimento complexo que implica uma mudança de política.
O ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse na segunda-feira que o escopo do escudo precisava ser expandido, o que Varsóvia discutiria com a Otan e os Estados Unidos.
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O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, se reunirá com Duda e com o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, em Varsóvia nesta quarta-feira.
(Reportagem de Alan Charlish e Sabine Siebold; Reportagem adicional de Barbara Erling)
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