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A demissão do presidente da Petrobras (PETR3;PETR4) , Jean Paul Prates, na noite de ontem, deve ser o grande vetor para os negócios na Bolsa brasileira nesta quarta-feira (15), trazendo grande volatilidade ao mercado. A Petrobras confirmou a saída de Prates da presidência da estatal e que Ministério de Minas e Energia (MME) indicou Magda Chambriard para exercer o cargo de Presidente da estatal.
Os ADRs (American Depositary Receipts, ou recibo de ações negociados na Bolsa de Nova York) da Petrobras PBR, equivalente as ações ordinárias, encerraram as negociações no pós-mercado de NY na terça com queda de 6,89% (US$ 15,54), enquanto os PBR-A (equivalentes aos preferenciais) tiveram baixa de 5,48% (US$ 15). Nesta quarta, no pré-mercado (por volta das 7h), PBR cai 9,5% e PBR-A tinha perdas de 8%. O EWZ, iShares MSCI Brazil, ETF (fundo de índice) que representa os recibos de ADRs das ações de empresas listadas na bolsa de NY, tinha baixa de 1,78% no mesmo horário.
Ainda no Brasil, sai o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, de março, com consenso LSEG projetando queda mensal de 0,25%. Já o presidente do BC, Roberto Campos Neto, discursa em evento da própria autarquia, enquanto Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, participa de evento em Nova York.
Na agenda internacional, depois da inflação ao produtor acima do esperado na véspera, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que podem reforçar receios de que o Federal Reserve possa atrasar o seu ciclo de redução das taxas de juros. Além do CPI, são aguardados dados do varejo de abril e do Empire State de atividade industrial.
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1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam próximos à estabilidade, com investidores se preparando para o índice de preços ao consumidor e dados do varejo.
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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de terça-feira contribuiu para aumentar temores de juros mais altos por mais tempo, mostrando uma alta de 0,5%, acima da estimativa de 0,3% do Dow Jones, ainda que tenha havido revisões para baixo dos meses anteriores. O presidente do Fed, Jerome Powell, ainda reiterou na terça-feira que a inflação está caindo mais lentamente do que o esperado.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro: +0,02%
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S&P 500 Futuro: +0,06%
Nasdaq Futuro: +0,01%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA, que podem influenciar a trajetória dos juros da maior economia do mundo.
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Shanghai SE (China), -0,82%
Nikkei (Japão): +0,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,22%
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Kospi (Coreia do Sul): +0,11%
ASX 200 (Austrália): +0,35%
Europa
Os mercados europeus operam mistos, com investidores globais esperando os últimos dados da inflação nos EUA.
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FTSE 100 (Reino Unido): +0,21%
DAX (Alemanha): +0,48%
CAC 40 (França): -0,17%
FTSE MIB (Itália): +0,55%
STOXX 600: +1,52%
Commodities
As cotações do petróleo operam em alta devido às expectativas de redução dos estoques dos EUA, enquanto a divulgação de dados de inflação ao consumidor americano pode apontar para uma perspectiva económica mais favorável.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa. Na quarta-feira, o volume total negociado de 12 contratos futuros de minério de ferro listados na bolsa foi de 465.161 lotes, com um faturamento de cerca de 39,85 bilhões de yuans.
Petróleo WTI, +0,26%, a US$ 78,22 o barril
Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 82,57 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,55%, a 858,00 iuanes, o equivalente a US$ 118,82
Bitcoin
- Bitcoin, +1,98% a US$ 62.753,27 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda desta quarta-feira é marcada por dados de inflação ao consumidor e do varejo nos Estados, além da prévia do PIB do Brasil
Brasil
9h: Presidente do BC discursa na abertura da II Conferência Anual do Banco Central do Brasil
9h: IBC-Br de março; consenso LSEG prevê queda mensal de 0,25%
9h35: Galípolo participa, como palestrante, do Seminário Summit Brazil USA, promovido pelo Valor Econômico, em Nova York.
12h30: Lula anunciará medidas relacionadas ao Rio Grande do Sul
14h30: Fluxo cambial semanal
EUA
9h30: Preços ao consumidor de abril; consenso LSEG projeta alta de 0,4% na base mensal e de 3,4% na base anual
9h30: Vendas no varejo de abril; consenso LSEG prevê alta de 0,4% na comparação mensal
11h: Estoques empresariais
11h30: Estoques de petróleo semanal – EIA
3. Noticiário econômico
Lula demite presidente da Petrobras
O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, foi demitido na última terça-feira (14), após um longo período de desgaste com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Petrobras informou que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) com a indicação de Magda Maria de Regina Chambriard para exercer os cargos de Presidente da companhia e de membro do Conselho de Administração. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff.
4. Noticiário político
Câmara aprova texto-base da suspensão da dívida do RS com a União
A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (14) o texto-base do projeto de lei complementar que suspende o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União em razão das enchentes que devastam o estado. A proposta enviada pelo governo federal prevê a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul pelo período de 36 meses.
Lula escolhe Paulo Pimenta para posto de autoridade federal no RS
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, assumirá o cargo de ministro extraordinário que atuará na articulação para a reconstrução do Rio Grande do Sul, estado afetado por uma catástrofe climática que já matou 149 pessoas e deixou mais de 617,7 mil pessoas desabrigadas e desalojadas, segundo o último balanço desta terça-feira (14).
5. Radar Corporativo
JBS (JBSS3)
A JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 1,646 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,453 bilhão registrado em igual período de 2023.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)