Estrela “troca” China por Paraguai; ex-OGX desativará Tubarão Azul, recomendações e mais 11 notícias

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira (20)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Enquanto o mercado fica de olho na reunião do Federal Reserve na quarta-feira, uma série de novidades agitam a sessão desta terça-feira (20), com destaque para o plano estratégico da Petrobras, revisões de recomendações e um anúncio da Estrela. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
Além do plano estratégico divulgado nesta terça (confira mais informações clicando aqui), a Petrobras pediu à ANP (Agência Nacional de Petróleo) autorização para contratar, no exterior, a plataforma do sistema piloto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobras chegou a lançar este ano uma licitação para contratar a plataforma, mas por diversas vezes adiou a concorrência.

O contrato de partilha de Libra prevê conteúdo local mínimo de 55% na fase de desenvolvimento da produção, mas o documento prevê a possibilidade de dispensa em casos em que a operadora comprove que não há, no mercado nacional, fornecedores que possam atender à demanda no prazo, custo ou qualidade exigidos.

O consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNOOC (10%) e CNPC (10%). 

Telefônica Brasil (VIVT4)
O conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou na segunda a distribuição de juros sobre capital próprio em um valor total bruto de R$ 650 milhões. O montante equivale a R$ 0,361 por ação ordinária e R$ 0,397 para as preferenciais.

O valor líquido, porém, descontando o imposto de renda na fonte, fica em R$ 552,5 milhões, sendo R$ 0,307 por papel ON e R$ 0,338 para cada ativo PN. O provento tem como base o lucro líquido apresentado no balanço de 31 de agosto deste ano e será imputado ao dividendo mínimo obrigatório do exercício social de 2016.

Continua depois da publicidade

O pagamento do JCP será realizado até o final do exercício social de 2017, em data que ainda será definida pela companhia. Além disso, a Telefônica informou que o pagamento será feito com base na posição acionária de 30 de setembro, sendo que a partir desta data as ações passam a ser negociadas na forma “ex-juros sobre o capital próprio”.

Eletropaulo (ELPL4
A Eletropaulo teve a recomendação rebaixada de overweight para neutro pelo BTG Pactual, com preço-alvo de R$ 12,00 (sendo reduzido em relação ao preço-alvo anterior de R$ 15,00). Os analistas lembram que passaram a recomendar compra para a companhia em 2014, na crença de uma quarta revisão tarifária. “Naquela época, com a ação em cerca de R$ 7,00, a relação risco-retorno parecia atraente”, ressaltam os analistas. Porém, agora, a questão sobre as despe

OGPar (OGXP3)
A Ex-OGX, atual OGPar, pediu devolução do campo de Tubarão Azul. A OGPar afirmou que as empresas “não encontraram uma alternativa viável para retomar as atividades no Campo de Tubarão Azul”, segundo comunicado ao mercado.  

Continua depois da publicidade

Após um ano de suspensão da produção, a petroleira já pediu devolução da concessão de Tubarão Azul para a ANP. “Parte dos recursos destinados ao processo de desativação e abandono do Campo de Tubarão Azul foi depositada em conta de garantia em favor da ANP”. 

Estrela (ESTR4
A Estrela informou que a acionista controlador da companhia e seu Diretor de Marketing constituíram em Assunção no Paraguai uma Sociedade denominada “ESTRELLA DEL PARAGUAY” SOCIEDAD ANONIMA que passará a fornecer brinquedos para a companhia e para outras empresas, no Brasil e na América do Sul. “A companhia estabelecerá contratualmente as condições de fornecimento e demais obrigações decorrentes dessa operação,de modo que os brinquedos importados do Paraguai passem a substituir parte dos brinquedos que a companhia ,atualmente,tem importado da China, com redução de custo à companhia. O contrato de fornecimento será celebrado de forma equitativa de modo que não proporcionará nenhuma vantagem aos administradores como disposto na lei 6.404/76.

A responsabilidade de toda essa operação será exclusivamente desses administradores da companhia, sendo que não fez nenhum investimento financeiro nessa operação”, destacou.

Continua depois da publicidade

O inicio das operações está previsto para o final deste exercício ou início de 2017. Nas informações trimestrais e anuais da Estrela passarão a ser fornecidos os detalhes financeiros e contábeis dessa operação sendo que existindo em qualquer momento outras informações relevantes serão divulgadas de imediato, na forma da legislação vigente.

Siderúrgicas
Em relatório, o BTG Pactual destacou que os dados de alta frequência do setor de aço ainda não mostraram um cenário de forte recuperação. Contudo, a perspectiva é de uma potencial recuperação do setor num prazo mais longo; os analistas destacam a preferência por Gerdau (GGBR4).

O Credit Suisse, por sua vez, analisou os dados da IABR e INDA para agosto, avaliando que serão positivo para as ações do setor, uma vez que (1) as vendas domésticas estão se recuperando; (2) compras no canal de distribuição de aço plano aumentou 18% na comparação mensal, bem acima do guidance de crescimento de 2%; e (3) penetração dos importadores continua baixa e não parece ser uma ameaça no curto prazo, já que o acesso a credito continua restrito. Como resultado da melhora da demanda e baixa importação, os analistas acreditam que a implementação de aumento de preço não está sob risco no curto prazo. Do lado negativo, estoque aumentou 1.3%. Em termos de embarques, os estoques continuam altos a 3,5 vezes, acima da media historia de 3 vezes. 

Continua depois da publicidade

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) espera resolver no curto prazo o problema da inadimplência das distribuidoras do Sistema Eletrobras no Mercado de Curto Prazo e também nos contratos bilaterais. A quitação será possível com recursos de fundos setoriais. Segundo o diretor da agência Tiago Correia, pelo menos o montante correspondente às dívidas multilaterais poderia ser pago na próxima liquidação, de outubro. Já no caso das bilaterais pode ser necessário mais tempo.

Correia explicou que serão utilizados recursos atualmente bloqueados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da Conta de Consumo de Combustível (CCC). Além disso, será aberto recurso de financiamento da Reserva Geral de Reversão (RGR). “Com esse recurso vamos ser capazes de pagar as dívidas novas, as correntes”, disse o diretor a jornalistas, após participar de evento do setor em São Paulo. 

Pela última liquidação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a inadimplência no mercado de curto prazo chegou a R$ 420 milhões. Grande parte deste valor está relacionada à inadimplência dessas distribuidoras. Correia comentou ainda que o desbloqueio de contas e o crédito de RGR vão beneficiar as seis distribuidoras da Eletrobras, inclusive aquelas que não estão inadimplentes do Mercado de Curto Prazo, mas que estariam com problemas no pagamento de contratos bilaterais, relacionados à compra de energia em leilões ou do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). 

Continua depois da publicidade

JBS (JBSS3)
A JBS informou que protocolou junto à SEC (Securities and Exchange Commission) os pedidos de registro para a distribuição de ações ordinárias da JBSFI, incluindo BDRs, aos acionistas da companhia no contexto da redução de capital. O Form F-1 deve ser declarado vigente pela SEC para que as ações da JBSFI possam ser listadas e admitidas à negociação na New York Stock Exchange.

Além disso, a companhia informou que a JBSFI protocolou hoje junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o pedido de registro de emissor estrangeiro e o pedido de registro do programa de BDRs Nível 2, o qual será lastreado por ações ordinárias da JBSFI.

Smiles (SMLE3)
A Smiles comunicou que seu conselho de administração aprovou a eleição de Marcos Antônio Pinheiro Filho para o cargo de Diretor Financeiro e de Diretor de Relações com Investidores da Companhia em reunião realizada hoje. Ele ficará no cargo até a data da reunião do conselho de administração que irá deliberar sobre as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2016.

Segundo o Itaú BBA afirmou em relatório, a notícia é “de certo modo positiva”: “Pinheiro é bem visto pelos investidores e é percebido como alguém com conhecimento profundo da empresa”.

Duke Paranapanema
A Geração Paranapanema (GEPA4) emitiu R$ 160 milhões em debêntures a CDI mais 200 pontos. A oferta da Duke Energy International Geração Paranapanema foi destinada para investidores qualificados. As debêntures possuem vencimento em setembro de 2018 e o coordenador líder é o Citibank

Oi
A Oi (OIBR4) publicará nesta terça-feira edital com lista de credores, afirma o Valor. A lista de nomes deve ser publicado no diário oficial do Rio de Janeiro, diz Valor Econômico, citando uma advogada familiarizada com o processo de recuperação judicial e que pediu para não ser identificada. A Oi tem a opção de publicar apenas indicação de endereço eletrônico onde estará a íntegra da lista. 

A partir da publicação da relação com nome, valor e classificação dos mais de 66.000 credores, as partes têm 15 dias para apontar ao administrador judicial possíveis divergências nos dados apresentados ou para habilitar créditos que não constem da listagem, diz Valor, citando fonte não identificada que acompanha a recuperação judicial da companhia.

CCX (CCXC3)
A CCX informou que a CCX Colômbia concluiu a venda de ativos referentes aos projetos de mineração a céu aberto de Cañaverales e Papayal e do projeto de mineração subterrânea de San Juan para YCCX Colômbia.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.