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SÃO PAULO – Operação bastante popular envolvendo o mercado internacional de câmbio, o carry trade consiste na combinação entre uma posição vendida em moeda com taxa de juro relativamente baixa e outra comprada em moeda com juro elevado.
Adotando essa estratégia, o investidor busca lucrar a partir da diferença entre taxas de juro, que por vezes é bastante significativa. Em complemento, a variação cambial implícita também determina a atratividade do negócio.
Para potencializar os ganhos, investidores com mais experiência fazem o carry trade alavancado, aplicando recursos emprestados e assumindo os riscos de prejuízo sem lastro. Tudo em troca de retornos maiores.
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Oportunidade de arbitragem
Por causa da módica taxa de juro associada ao iene, a moeda japonesa está entre as preferidas em posição vendida no carry trade. Outras como o real são eleitas para a posição comprada.
Para entender porque, suponha que o investidor toma emprestado ienes de um banco japonês, converte os recursos em reais e compra títulos atrelados à taxa Selic. Tome como premissa que a taxa de juro japonesa é de 0% ao mês e a brasileira de 1% ao mês.
Amortizado o empréstimo, esse investidor lucrará 1% no mês, desde que a taxa de câmbio entre o iene e o real permaneça fixa durante o período. Quanto maior sua alavancagem, maior a base de incidência do diferencial de juro e, logo, maior o montante arrecadado.
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Risco cambial
Vale alertar, porém, que o carry trade proporciona grande risco, graças às incertezas típicas do mercado cambial. Dentro do exemplo acima, se o real se desvalorizar frente ao iene, o investidor pode perder dinheiro.
Diante de altos níveis de alavancagem selecionados, um pequeno movimento na taxa de câmbio resultará em prejuízos imensos para o investidor desprevenido.
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