Estácio aceita oferta da Kroton num negócio de R$ 5,36 bi, 2 OPAs no radar e mais 14 notícias

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira (1)

Lara Rizério

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas
Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – O primeiro dia do semestre é movimentado para o noticiário corporativo, com o noticiário sobre a Oi, rumores sobre a sucessão de Edemir Pinto na BM&FBovespa, venda de ativos da Vale, OPAs no radar, Lava Jato mirando JBS, entre outras notícias e Estácio aceitando a proposta da Kroton para combinar negócios. Confira os destaques desta sexta-feira (1):

Kroton e Estácio
A Estácio (ESTC3) informou nesta manhã que aceitou a nova proposta da Kroton (KROT3) para a combinação dos negócios, numa negociação no valor de R$ 5,36 bilhões. De acordo com a referida proposta, a combinação da Kroton e Estácio resultaria: (a) na titularidade, pela Kroton, da totalidade das ações de emissão da Estácio; e (b) no recebimento, para cada ação ordinária de emissão da Estácio, de 1,281 ação ordinária de emissão da Kroton e (c) na distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da Estácio no valor de R$ 170 milhões, representando aproximadamente R$ 0,55 por ação da Estácio.

De acordo com o comunicado, a consumação desta operação encontra-se sujeita à: (a) discussão, aprovação e assinatura do Protocolo pela administração de ambas as companhias; (b) elaboração de todos os documentos requeridos por lei ou pela regulamentação aplicável para permitir a submissão da operação aos acionistas das companhias; (c) deliberação e aprovação do protocolo e demais documentos da operação pelos respectivos acionistas, conforme aplicável; e (d) aprovação da operação pelas autoridades regulatórias.

O Conselho de Administração marcou uma nova reunião para o dia 8 de julho de 2016 para apreciar novamente todas as condições da operação para posterior convocação de assembleia geral extraordinária da Estácio. “A aprovação de tal deliberação dependerá, evidentemente, do sucesso das tratativas do Comitê”, informou a Estácio.

Petrobras

De acordo com informações do jornal Valor Econômico, o ERG (Estaleiro Rio Grande) negocia adiantamento, na forma de empréstimo, de R$ 600 milhões com a Petrobras (PETR3;PETR4) para concluir a construção de um lote de cascos de plataformas para o pré-sal e, de forma paralela, discute a reestruturação de dívida de R$ 4,5 bilhões com credores, incluindo bancos, fornecedores e a própria estatal. De acordo com o jornal, a Petrobras está disposta a fazer o adiantamento ao ERG em valor aproximado de R$ 600 milhões em uma conta vinculada ao estaleiro para garantir que receberá os cascos das plataformas.

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Cetip
Após os rumores de que o presidente do JPMorgan no Brasil, José Berenguer, será o sucessor de Edemir Pinto na presidência da BM&FBovespa (BVMF3), o jornal O Estado de S. Paulo afirmou que o presidente da Cetip (CTIP3), Gilson Finkelsztain, é um dos principais cotados para ficar à frente da companhia fruto da fusão da depositária com a Bolsa.

O assunto já está no radar do Conselho de Administração, de acordo com fontes, mas qualquer decisão aguarda a aprovação dos órgãos reguladores para a integração das duas empresas, prevista para acontecer ainda este ano.

Oi
A Oi (OIBR4) se deparou com um problema inusitado em meio ao maior processo de recuperação judicial da história do Brasil: como divulgar a lista de 13 mil credores no Diário Oficial, o que totalizaria 380 páginas. 

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O volume de pessoas físicas e de instituições que têm recursos a receber da tele não caberia numa só edição de um dos veículos de comunicação do governo federal. Segundo uma fonte ouvida pelo jornal O Globo, há hoje uma indefinição de como será feita a publicação para atender a exigência do juiz da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Fernando Viana. A empresa, diz a fonte, está estudando como publicar isso na DOU. Procurada pelo jornal, a Oi não comentou o caso. 

BRF 
A BRF (BRFS3) anunciou a criação da subsidiária Sadia Halal, que deterá os ativos relacionados à produção, distribuição e comercialização de alimentos destinados aos mercados muçulmanos.

“O objetivo é conferir maior independência e foco aos negócios da BRF destinados aos mercados muçulmanos. Nesse contexto, serão analisadas alternativas estratégicas para a Sadia Halal, que permitam a potencialização de sua expansão, seja nos mercados atuais ou em novos mercados ainda não atendidos pela BRF”, explicou a companhia.

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 JBS
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira mais uma fase da Operação Lava Jato, tendo como alvos a JBS (JBSS3) e o economista Lucio Bolonha Funaro, acusado de ser operador do presidente suspenso da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A Operação é deflagrada em Pernambuco, São Paulo e no Distrito Federal. 

Funaro foi preso, suspeito de achacar grandes empresas.  A prisão é baseada em delações premiadas de Fabio Cleto, ex-Caixa Econômica Federal, e Nelson Mello, ex-executivo do grupo Hypermarcas. Já as empresas do grupo JBS Friboi são alvo de mandados de busca e apreensão. Segundo a GloboNews, a casa do presidente do Conselho de Administração da empresa, Joesley Batista, é alvo de busca e apreensão. 

As suspeitas são de que a JBS tenha pago propina, por meio de Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados por influência do ex-vice da Caixa. Cleto disse em delação que havia esquema de propina para liberar recursos do FI-FGTS e que o dinheiro era dividido entre ele, Cunha e Funaro. Em Pernambuco são cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo que um deles tem como alvo a empresa Cone, em Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. Os outros dois são cumpridos em apartamentos de luxo na Praia de Boa Viagem, no Recife. 

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Em comunicado, a JBS afirmou que não é alvo de operação da PF e que a Polícia está na sede levantando informações sobre a Eldorado, do grupo J&F. Ela ainda informou que não há mandado de prisão ou condução coercitiva. 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou qualquer ligação com as empresas da J&F Participações, holding proprietária do grupo JBS, alvo da mais nova fase da Operação Lava Jato. Segundo o ministro, ao voltar para o governo, se desligou do grupo antes de chegar a Brasília. “Eu fui do conselho de diversas entidades [no passado]. Neste caso, era o conselho consultivo, objeto de consulta. Não tenho mais nada com nenhuma dessas empresas. Em todas [empresas na qual foi ligado] fui convidado e aceitei, mas fiz contratos de encerramento”, disse hoje (1º), em entrevista à Rádio Estadão. 

Vale 
A Vale (VALE3VALE5) e um consórcio liderado pelo ICBC International (ICBC) – subsidiária integralmente controlada pelo Industrial and Commercial Bank of China -, concluíram hoje a transação de compra e venda de três navios VLOCs com capacidade de 400.000 toneladas, atualmente operados pela brasileira. A transação totalizou aproximadamente US$ 269 milhões e o montante será recebido pela Vale mediante a entrega dos navios, que está prevista para acontecer em agosto de 2016, explicou a companhia em nota. “A Vale também está negociando a venda de outros navios, o que é consistente com a sua estratégia de fortalecer o balanço e focar nos ativos core”, completou.

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A mineradora também informou que vai divulgar balanço do 2° trimestre no dia 28 de julho às 6h (horário de Brasília), ou 5h (horário de Nova York). O relatório de produção será revelado uma semana antes, no dia 21 de julho. A mineradora divulgará simultaneamente o relatório de desempenho financeiro consolidado em IFRS (International Financial Reporting Standards), expressos em dólar e em real, informou a empresa, em comunicado ao mercado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). No mesmo dia, 28 de julho, a empresa realizará duas conferências telefônicas e webcasts. A primeira, em português, ocorrerá às 10h. Já a segunda, em inglês, ocorrerá às 12h.

Ainda no radar da Vale, fontes ouvidas pela Bloomberg afirmaram que a Samarco, joint venture de BHP e a mineradora, procura injeções de capital de suas acionistas, enquanto sofre com esgotamento de reservas após desastre que paralisou produção, disseram duas pessoas com o conhecimento do assunto.

O caixa da Samarco acabará em agosto e serão necessárias contribuições de BHP e Vale para empresa seguir de pé, afirmam duas pessoas, que pediram para não ser identificadas porque conversas são privadas. A Samarco já começou conversas sobre reestruturação com bancos e pode adiar pagamento de bonds até que retome operações, segundo as pessoas. A empresa não quis comentar discussões entre seus acionistas, BHP não quis comentar situação financeira da Samarco e Vale se referiu a comentários feitos pelo diretor de RI, Rogério Nogueira, em 16 de junho, em que disse que Vale só injetaria dinheiro se houvesse perspectivas de Samarco retomar operações

Já a BHP informou que o STJ deu decisão provisória que suspende homologação feita pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 5 de maio de acordo entre Samarco, Vale, BHP Billiton Brasil, governo federal e governos de Minas Gerais e Espírito Santo. O efeito prático da decisão é restabelecer ação civil pública de novembro de 2015 contra as empresas, estimada em R$ 20 bilhões e que havia sido suspensa. 

Vigor
O Conselho de Administração da Vigor (VIGR3) aprovou parecer favorável à aceitação, pelos acionistas da empresa, da OPA (Oferta Pública de Aquisição) para fechamento de capital da companhia. 

Daycoval
O banco Daycoval (DAYC4) informou que o leilão de OPA será em 11 de agosto e será ao preço de R$ 9,08 por ação.  

CPFL Renováveis 
A CPFL Renováveis (CPRE3) informou que foi aprovada em reunião do conselho nesta data a renúncia do atual Diretor Presidente da Companhia, André Dorf. Por conta disso, os conselheiros designaram Gustavo Sousa, atual Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Companhia, para exercer temporariamente as funções do cargo do Diretor Presidente.

Eneva 
Após anunciar que saiu da recuperação judicial, a Eneva (ENEV3) informou que a usina termelétrica Parnaíba II  com capacidade instalada de 518,8MW iniciou operação comercial, conforme autorização da Aneel. A Usina passa assim a ser remunerada segundo os termos do Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) assegurado no leilão A-3 de 2011. O CCEAR tem prazo de 20 anos e garante à Usina receita fixa anual no valor aproximado de R$425 milhões (data-base: novembro de 2015), indexada ao IPCA e, adicionalmente, receita variável destinada a cobrir os custos com combustível, operação e manutenção incorridos quando despachada pelo ONS.

Gol
A companhia aérea Gol (GOLL4) lembrou aos detentores das Notes Antigas (sem garantia) que o prazo para participarem das Ofertas de Permuta privada termina hoje, 1 de julho de 2016, às 23:59, horário de Nova York.

Em 20 de junho, a Gol alterou os termos das Ofertas de Permuta e removeu a condição de participação mínima. “Os termos revisados são as melhores e finais condições que a companhia irá oferecer e representam um prêmio substancial em relação ao valor de mercado atual e de 03 de maio das Notes Antigas, data em que a Gol lançou as Ofertas de Permuta”, disse a empresa.

Se os titulares representando mais de 60% do montante de principal total de Notes Existentes participarem das Ofertas de Permuta, então os titulares que realizarem a permuta vão receber um prêmio em Novas Notes, equivalente a 2,5% do valor nominal de Notes 2017 e a 5% do valor nominal para os titulares de Notes 2020, 2022, 2023 e Notes Perpétuas.

PDG
A PDG Realty (PDGR3) concluiu a venda da totalidade de sua participação de 58,1% na empresa de desenvolvimento de shopping centers Real Estate Partners, em negócio que vai permitir corte de R$ 214 milhões no endividamento líquido da empresa.

A venda foi concluída junto à LDI Desenvolvimento Imobiliário, que como contrapartida pela participação entregou à PDG 26 unidades imobiliárias na cidade de São Paulo avaliadas em R$ 33,9 milhões.

Unipar Carbocloro 
A Unipar Carbocloro (UNIP6) informou que André Pinheiro Veloso apresentou ao Conselho de Administração sua renúncia ao cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, com efeitos a partir do dia 1º de julho.

Com isso, o Conselho da companhia elegeu, para os cargos de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores,Gustavo Lopes Theodozio, o qual deverá tomar posse nesta sexta-feira, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2018.

(Com Bloomberg) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.