Escolha do vice de Trump consolida uma chapa forte para a eleição, diz Megale

Economista-chefe da XP afirma que senador J. D. Vance agrega à chapa republicana por ser de classe social mais baixa

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Os acontecimentos dos últimos dias vão solidificando uma situação muito favorável a Donald Trump para a eleição de novembro nos Estados Unidos. Além do atentado contra o ex-presidente, que criou comoção ao seu redor, a escolha do senador J. D. Vance, na convenção do partido Republicano, também é um ponto a ser levado em conta como positivo para os republicanos.

Caio Megale, economista-chefe da XP, que comandou nesta terça (16) o Morning Call da XP, lembrou que o parlamentar não era tão próximo assim do ex-presidente.

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Vice de Trump

“O J. D. Vance é jovem, e é um senador que vem de uma classe social mais baixa e agrega à campanha de Trump. Ele teve suas diferenças com o ex-presidente lá atrás, mas vinha se aproximando ao longo do tempo”, disse.

Megale crê que o atentado que sofreu ex-presidente no final de semana foi favorável à sua candidatura. Associada à entrada oficial do senador como vice do partido Republicano, aumenta ainda mais uma percepção de que Trump pode se sair vitorioso nas eleições.

“Se consolida como uma chapa forte, provavelmente favorita, especialmente depois do atentado do final de semana”, avaliou.

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Juros podem ter até três cortes

Já sobre a economia nos Estados Unidos, o economista-chefe aponta que não seria surpresa se o Federal Reserve (Fed) fizesse até três cortes dos juros ainda esse. Mas tudo dependeria dos próximos indicadores econômicos a serem anunciados este mês.

Ele viu na apresentação do Jerome Powell, presidente do Fed, nesta segunda (16), uma sinalização importante ao mercado.

“Os últimos dados de inflação estão trazendo confiança ao comitê de política monetária do Fed. Porque isso é importante: ao longo de todo o semestre passado ele (Powell) vinha falando que o comitê ainda não estava confiante, que não era o momento de cortar as taxas de juros. Agora ele traz essa sinalização que os dados estão trazendo confiança”, ressaltou.

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O economista concorda que os últimos dados nos EUA vieram superbem comportados, com a atividade começando a desacelerar.

Reunião deve sinalizar corte em setembro

“Está se consolidando o cenário de corte de juros nesse segundo semestre. Powell foi cauteloso, falou que os juros estavam num patamar contracionista, precisa ficar ali por mais algum tempo, para o mercado não achar que eles já vão cortar os juros na reunião deste mês”, avaliou.

Para Megale, na próxima reunião do Fed, no final do mês de julho, será provavelmente sinalizado que vai haver corte na reunião seguinte. “Deve cortar (os juros) em setembro, pular uma reunião e corta de novo em dezembro, mais ou menos como o Banco Central Europeu está fazendo. Uma sinalização de cautela”, explicou.