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SÃO PAULO – O início da semana começa movimentado no noticiário corporativo, com destaque, mais uma vez, para a Petrobras (PETR3;PETR4), com destaque para a entrevista de Aldemir Bendine.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, o presidente da Petrobras comentou sobre a política atual de preços da companhia para a gasolina e o diesel. Bendine foi categórico ao afirmar que essa política é da companhia e que não existe interferência do governo e afirmou que a empresa presta esclarecimento sobre os preços dos combustíveis apenas ao conselho de administração.
A atual política de preços da gasolina e diesel se baseia na paridade internacional e segundo Bendine, ela está atualmente alinhada com a paridade internacional desta cesta de produtos. Bendine afirmou que uma avaliação destes preços é feita mensalmente pela diretoria e a cada três meses é submetida ao conselho.
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A respeito do conselho de administração, Bendine destacou que pela formação atual, sem a participação do ministro da Fazenda ou de outros ministros, a empresa está mais blindada contra as interferências do governo.
Mais Petrobras
Além disso, na sexta-feira, após notícia veiculada no jornal O Estado de São Paulo, a Petrobras comunicou esclarecimento ao mercado em geral e seus acionistas, afirmando que as premissas e variáveis utilizadas pelo Plano Estratégico 2030 ainda serão revisitadas à luz das novas condições macroeconômicas e do mercado de óleo e gás e, por estar em fase inicial, ainda não se pode quantificar as novas premissas e metas.
A companhia também informou que os números apresentados na reportagem em tela fazem parte do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, divulgado em 29 de junho de 2015 e, assim, não representam dados novos.
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Além disso, o pagamento de dívidas tributárias à União poderá pesar sobre os resultados da Petrobras ainda no futuro. No segundo trimestre deste ano, a empresa teve o desempenho afetado pela provisão de R$ 2,8 bilhões para quitar parcelas atrasadas de IOF que estavam sendo questionadas na Justiça. Segundo o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, os argumentos jurídicos da empresa eram fracos para sustentar a ação. Agora, os técnicos da companhia avaliam se novos passivos se inserem em medida recém implementadas pela Receita Federal, que garantem desconto no pagamento de débitos tributários.
Segundo o diretor Financeiro da companhia, Ivan Monteiro, ainda não foi detectado nenhum outro passivo que possa ser incluído no programa Refis da Copa, que, apesar de encerrado no fim do ano passado, foi reaberto a contribuintes que já haviam aderido. Mas, como a Instrução Normativa da Receita é recente, o caso ainda está sendo analisado pelo setor jurídico da empresa.
Apesar de ser vantajoso para a Petrobras, segundo Bendine, a adesão ao Refis da Copa não agradou ao mercado. Na sexta, no dia seguinte à divulgação do resultado financeiro do segundo trimestre, as ações ordinárias caíram 7,42% e as preferenciais, 6,10%.
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Relatório do Morgan Stanley, intitulado “Bons resultados operacionais… Na superfície. Onde está o lucro líquido?”, demonstra certa surpresa com o reconhecimento de despesas tributárias. “O que é particularmente preocupante é que a empresa fez esse provisionamento antes mesmo de ser notificada pela Receita Federal”, diz o texto do banco, assinado por Bruno Montanari e Madalena Carmona e Costa.
AES Tietê
A geradora de energia, AES Tietê (GETI4) comunicou ao mercado seu resultado do segundo trimestre e mostrou queda de 49,8% no lucro líquido ao cair para R$ 126,1 milhões contra os R$ 251,2 milhões de 2014. A receita líquida da companhia também teve baixa ao encerrar o trimestre com R$ 667 milhões, 3,9% abaixo dos R$ 694,4 milhões do período do ano passado.
O Ebitda da empresa caiu 37,7% e foi de R$ 431 milhões em 2014 para R$ 268,5 milhões neste trimestre, já sua margem caiu 21,8p.p. no período de comparação e terminou o trimestre em 40,3%.
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Em relatório, o Santander afirmou esperar reação neutra a resultados em linha com
estimativas e negativamente afetados pelo déficit hídrico, que pressionou a margem Ebitda. “No entanto, o bom desempenho dos custos e da estratégia de alocação
adotada compensaram parcialmente os impactos negativos”.
Já o Bradesco BBI espera que a AES Tietê apresente resultados melhores no segundo semestre. Os preços spot devem manter níveis atuais como resultado da melhora dos níveis dos reservatórios e queda significativa no consumo de energia em 2015.
Alpargatas
A Alpargatas (ALPA4), que atua no setor de calçados, divulgou seu balanço trimestral e anunciou lucro líquido de R$ 46 milhões, um crescimento de 101,8% em relação aos R$ 22,8 milhões do segundo trimestre de 2014. No semestre, a companhia lucrou R$ 835 milhões, um salto de 15,4% em relação aos primeiros seis meses do ano passado, que renderam R$ 723,5 milhões. A receita líquida da companhia foi de R$ 996,9 milhões, um variação positiva de 14% para os R$ 874,3 milhões do mesmo período do ano passado.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) encerrou o trimestre com uma alta de 40% em comparação com o trimestre de 2014 que foi de R$ 73,3 milhões para R$ 102,7 milhões agora. A margem Ebitda (receita/Ebitda) da empresa teve aumento de 1,9 ponto percentual ao subir de 8,4% para 10,3%.
Segundo o Bradesco BBI, os volumes fracos no Brasil permanecem como
uma preocupação e o câmbio ofuscou inteiramente os preços menores da borracha. De acordo com os analistas do BBI, as operações internacionais mais do que ofuscaram o fraco desempenho da divisão brasileira.
Eletropaulo
A Eletropaulo (ELPL4) fechou o segundo trimestre com lucro de R$ 48 milhões, revertendo as perdas de R$ 354,4 milhões registradas um ano antes. Segundo a companhia, a recuperação é reflexo da política de realismo tarifário (repasse dos custos da energia para o consumidor) adotada pelo governo desde o começo do ano, que reduziu o peso dos custos elevados com compra de energia que vinham sendo suportados pelas distribuidoras ao longo de 2014.
Já a receita líquida subiu 56%, para R$ 3,43 bilhão, enquanto os custos e despesas operacionais cresceram em menor proporção, 24,8%, para R$ 3,36 bilhão. Com isso, o resultado antes de juros e impostos passou de negativo em R$ 491 milhões para o positivo em R$ 69,4 milhões.
Segundo o Santander, os resultados foram em linha, enquanto a receita foi ajudada pela
venda de energia excedente, tarifas maiores e ativos regulatórios, que compensaram volumes fracos. “Reconhecemos o risco de elevação em nossas estimativas dados os parâmetros aprovados do quarto ciclo de revisão tarifária”, afirmam os analistas.
Gafisa
A Gafisa (GFSA3) reverteu seu prejuízo líquido do trimestre de 2014 de R$ 851 mil em lucro líquido de R$ 28,4 milhões neste trimestre. O mesmo aconteceu com o prejuízo dos primeiros seis meses do ano passado, de R$ 40,6 milhões, que foi convertido em lucro de R$ 60,1 milhões. A receita líquida da companhia teve um aumento de 14% e encerrou em R$ 591,5 milhões ante R$ 519,5 milhões em 2014.
O Ebitda ajustado da empresa foi de R$ 72,8 milhões e sofreu uma queda de 24% contra os R$ 96,3 milhões do mesmo período no ano passado. A margem Ebitda ajustada da Gafisa foi de 12,3% e teve queda de 6,3p.p..
No segundo trimestre os lançamentos totalizaram R$ 482 milhões, distribuídos em 8 projetos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco, acima dos R$ 313,6 milhões lançados no primeiro trimestre deste ano. A Gafisa foi responsável por 52% dos lançamentos do trimestre, a Tenda pelos 48% restantes e volume lançado no primeiro semestre do ano somou R$ 795,5 milhões.
E, de acordo com o jornal Valor Econômico, a Tenda tem a intenção de lançar R$ 1 bilhão neste ano, conforme destacou o diretor financeiro e de relações com os investidores da divisão de baixa renda da Gafisa, Felipe Gohen. Trata-se da intenção, mas não projeção de lançamentos, conforme o executivo.
Taesa
A Taesa (TAEE11) divulgou seu resultado do trimestre e mostrou alta de 200,3% em seu lucro líquido que aumentou de R$ 80,1 milhões em 2014 para R$ 240,5 milhões neste período de abril a junho. No semestre a companhia teve aumento de 130,9% ao alcançar R$ 442,5 milhões contra R$ 191,6 milhões nos primeiros seis meses do ano passado.
O Ebitda da Taesa foi de R$ 342,5 milhões, com alta de 63,1% contra os R$ 209,9 milhões em 2014. No semestre, a alta foi de 52% ao encerrá-lo com R$ 640,9 milhões nestes primeiros seis meses de 2015. A margem Ebitda teve alta de 6,5 pontos-base e fechou o período em 87,3%, ante 80,8% em 2014.
Segundo o Santander, os resultados ficaram em linha. O ajuste de inflação à receita anual combinado com controle de custos ajudaram a sustentar boas margens. “Acreditamos que a Taesa é uma empresa sólida, com perfil de baixo risco”, afirmam os analistas.
Anima
A 15ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) concedeu mandado de segurança na sexta-feira a pedido da Anima Educação (ANIM3) suspendendo o prazo de inscrições dos alunos para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até que o Ministério da Educação (MEC) esclareça os critérios usados na distribuição das vagas.
“É absolutamente necessário que os interessados diretos (instituições e alunos) e a sociedade como um todo conheçam, não apenas os critérios de seleção, mas também como eles foram aplicados ao caso concreto, já que, em princípio, parece que os critérios não foram objetivamente observados”, disse o juiz Francisco Renato Codevila Pinheiro Filho em sua decisão.
Para o juiz, é possível constatar inconsistências na definição das vagas entre as instituições de ensino. “Cursos com conceito maior e situados na mesma localidade receberam menos vagas do que cursos com conceito menor, exemplificou, citando o curso de engenharia da Anima, que possui conceito 4 e obteve aprovação de 20 das 90 vagas solicitadas. Já o mesmo curso do Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, com conceito inferior, teve 46 vagas aprovadas. O documento foi repassado pela Anima à Reuters.
As inscrições de estudantes para o Fies, referentes ao segundo semestre de 2015, serão realizadas até esta sexta-feira. Esta edição do Fiese oferecerá 61.500 vagas, realizada sob novas regras anunciadas pelo governo no fim de junho. O MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Daycoval
O Banco Daycoval (DAYC4) aprovou a recompra de ações no contexto da OPA (Oferta Pública de Aquisição). Caso a OPA para cancelamento do registro seja bem sucedida, participação da companhia estará limitada a 50% do valor da oferta, disse a empresa em comunicado ao mercado.
BR Properties
A BR Properties (BRPR3) anunciou que André Berenguer foi eleito diretor financeiro. Pedro Daltro dos Santos renunciou ao cargo.
Dasa
A Dasa (DASA3) informou que o fundo Petros pede que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) impedisse o voto dos controladores da OPA.
“A saída da companhia do Novo Mercado é desejada apenas pelos controladores e somente tem potencial para beneficiar os próprios”, diz Petros em carta à CVM divulgada ao mercado pela Dasa.
Embraer
A Embraer (EMBR3) afirmou que o primeiro jato Legacy 450 da fábrica de Melbourne, nos Estados Unidos, será entregue em dezembro de 2016, enquanto que a companhia migra a produção de aviões corporativos para lá apostando no mercado norte-americano.
O diretor de Aviação Executiva da Embraer, Marco Túlio Pellegrini, disse em entrevista que o novo Legacy 450 dará à companhia mais exposição ao mercado da América do Norte, com expectativas de que a região compre metade dos novos jatos corporativos na próxima década. “O movimento para Melbourne é uma decisão estratégica para estar no maior mercado de aviação executiva do mundo”, disse Pellegrini.
A decisão provocou reação do sindicato dos metalúrgicos em São José dos Campos, onde a Embraer está baseada. O sindicato disse que os comentários de Pellegrini à Reuters contradizem as promessas feitas pela companhia.
A Embraer respondeu em comunicado que a produção do Legacy na unidade de Melbourne faz parte de seus planos públicos desde 2013, acrescentando que o equilíbrio produtivo entre a Flórida e o Brasil dependerá das condições do mercado.
O sindicato fará uma assembleia na semana que vem e pretende protestar contra a produção do Legacy 450 e 500 nos Estados Unidos, disse o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros da Silva. Pellegrini afirmou em entrevista coletiva mais tarde nesta sexta-feira que a companhia espera que o Legacy 450, que possui de sete a nove assentos, seja o líder de vendas no mercado “mid-light”.
Ultrapar
No noticiário da Ultrapar (UGPA4), o Grupo Ultra quer a Liquigás e fatia da BR
Distribuidora. Com negócios que vão de postos combustíveis a farmácias, o conglomerado não esconde o interesse em dois importantes ativos da Petrobras, segundo o Estadão.
Em entrevista ao jornal, o presidente do conselho de administração do conglomerado Paulo Guilherme Aguiar Cunha, disse que a companhia tem muita capacidade de investir, mas afirmou que ainda não fez oferta pelos ativos.
(Com Reuters e Agência Estado)