Publicidade
No Brasil, a agenda econômica desta sexta-feira (17) começa com a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de janeiro, às 8h. O indicador, que mede a variação de preços em diversos setores da economia, deve oferecer uma visão sobre as pressões inflacionárias no país. Às 10h15, o Monitor do PIB referente a novembro deve fornecer dados atualizados sobre a atividade econômica no Brasil. O indicador tem sido importante para medir a dinâmica do crescimento econômico, especialmente em momentos de volatilidade.
Nos Estados Unidos, às 10h30, serão divulgados dois indicadores chave: Licenças de Construção e Construção de Novas Casas, ambos referentes a dezembro. Esses números ajudam a avaliar a saúde do setor imobiliário e a confiança dos construtores. Em seguida, às 11h15, o Departamento de Comércio dos EUA divulgará a Produção Industrial de dezembro, um indicador que ajuda a analisar a evolução da atividade fabril no país e suas implicações para o crescimento econômico global.
O que vai mexer com o mercado nesta sexta
Agenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista ao vivo à CNN às 15h.
Brasil
08h – IGP-10 (janeiro)
10h15 – Monitor do PIB (novembro)
EUA
10h30 – Licenças de Construção (dezembro)
Continua depois da publicidade
10h30 – Construção de Novas Casas (dezembro)
11h15 – Produção Industrial (dezembro)
Zona do Euro
7h – CPI (dezembro)
Continua depois da publicidade
Internacional
China
A China conseguiu atingir sua meta de crescimento de cerca de 5% para 2024, segundo dados oficiais, mas cresceu em um dos ritmos mais lentos em décadas. O PIB do quarto trimestre do país superou as expectativas com um crescimento de 5,4%.
Votação adiada
O governo israelense adiou a votação do acordo de cessar-fogo com o Hamas até esta sexta-feira (17), devido a disputas com o grupo e divisões na coalizão de Benjamin Netanyahu. A situação se agravou quando o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçou renunciar caso o acordo fosse aprovado, argumentando que ele beneficiaria o Hamas. Apesar disso, Netanyahu ainda conta com 62 dos 120 assentos no Parlamento, e a oposição se mostrou disposta a apoiar o cessar-fogo. O acordo, que prevê a libertação de reféns e prisioneiros, pode entrar em vigor no domingo (19), segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Em março
O governador do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, afirmou à CNBC que o encontro do comitê de política monetária, em março, não pode ser descartado como uma oportunidade para um corte na taxa de juros nos Estados Unidos. Ele indicou que cortes podem ocorrer em alguns meses, caso as expectativas de inflação sejam atendidas. Segundo Waller, são possíveis três ou quatro cortes nas taxas, dependendo dos dados econômicos. Ele destacou que, em seis dos últimos oito meses, a inflação se manteve próxima da meta, sugerindo que essa tendência pode continuar.
Continua depois da publicidade
Economia
Déficit fiscal menor
O relatório Prisma Fiscal de janeiro aponta melhora na projeção do déficit primário do governo para 2025, revisado para R$ 84,286 bilhões, ante R$ 87,265 bilhões anteriores. Para 2026, o déficit estimado é de R$ 79,308 bilhões. A previsão da dívida pública bruta caiu para 81,20% do PIB em 2025, ante 82,00%, e para 84,70% em 2026, ante 85,53%. A arrecadação federal foi revisada para R$ 2,844 trilhões em 2025 e R$ 3,009 trilhões em 2026, enquanto as despesas foram ajustadas para R$ 2,384 trilhões e R$ 2,546 trilhões, respectivamente.
Crescimento
O Banco Mundial projeta que o Brasil crescerá 2,2% em 2025, enquanto o PIB de 2024 deve fechar em 3,2%. Para 2026, a estimativa é de 2,3%. Apesar da recuperação esperada na América Latina, políticas monetárias restritivas e baixo apoio fiscal devem limitar o crescimento brasileiro. A economia global deve manter crescimento de 2,7% até 2026, enquanto países em desenvolvimento crescerão cerca de 4%, taxa considerada insuficiente para reduzir a pobreza. O relatório alerta para desafios como altos níveis de dívida, baixo investimento e custos das mudanças climáticas.
Medida Provisória publicada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou ontem uma Medida Provisória (MP) para reforçar o sigilo e proibir tributos sobre o Pix. A MP também veta cobranças adicionais por transações feitas pelo sistema à vista, equiparando-o ao pagamento em espécie. Estabelecimentos que desrespeitarem a regra estarão sujeitos a penalidades previstas no direito do consumidor. Além disso, o texto determina que o Banco Central garanta a privacidade e proteção dos dados financeiros no Pix, enquanto a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) criará um canal para denúncias de irregularidades relacionadas ao uso do sistema.
Continua depois da publicidade
Política
Reforma tributária
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que os vetos do presidente Lula ao projeto de regulamentação do novo sistema tributário mantêm a essência do que foi aprovado pelo Congresso. Ele ressaltou que, de 544 artigos, apenas 15 blocos de vetos foram aplicados, o que considera uma mudança mínima. Appy também afirmou que a decisão do Executivo foi respeitar as deliberações do Legislativo, reforçando o compromisso com o processo democrático e com o que foi debatido pelos parlamentares.
Alíquota
Em coletiva no Palácio do Planalto, Appy anunciou também que, nos próximos dias, o governo federal divulgará a alíquota padrão sobre o consumo, que deverá ser em torno de 28%. O secretário explicou que as alterações que mais impactariam a alíquota foram rejeitadas na Câmara, por isso a expectativa é que o valor final fique em torno dessa porcentagem. A regulamentação da reforma tributária foi aprovada no fim de 2024 e prevê um regime de transição até 2033 para a aplicação integral da CBS e do IBS.
Continua depois da publicidade
Cashback
O relator da proposta, deputado Reginaldo Lopes, destacou que a reforma tributária trará benefícios diretos para 94 milhões de brasileiros, por meio do cashback, que devolverá impostos pagos aos consumidores de baixa renda. Lopes afirmou que a reforma é uma das mais importantes da história do Brasil, comparável ao Plano Real, e que ajudará a combater a desindustrialização ao eliminar a cumulatividade tributária. Ele também mencionou que a progressividade do sistema será uma prioridade, garantindo que os mais ricos paguem mais e os mais pobres, menos.
Investigação
O Ministério da Fazenda pediu, na última quinta-feira (16), que a Polícia Federal (PF) investigue a obtenção e uso indevidos do CPF do ministro Fernando Haddad, segundo informações da CNN.
Um novo Brasil
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que o Brasil começará a mudar a partir de 2027, com a sanção da reforma tributária. Durante a cerimônia, destacou que muitas empresas que duvidavam dessa possibilidade começam a enxergar o Brasil com mais seriedade. A reforma, segundo ele, será gradual, com a implementação do Imposto Seletivo em 2027, e a transição tributária finalizada apenas em 2033. Entre as mudanças, destacam-se a extinção de PIS, Cofins, IOF/Seguros e a cobrança da CBS federal. O projeto também prevê isenção de impostos sobre medicamentos e redução de alíquotas para serviços essenciais.
Ingratos
Lula criticou os governadores que se opuseram ao programa de regularização das dívidas estaduais, sancionado nesta semana. Ele os chamou de “ingratos”, destacando que a medida foi uma solução oferecida pelo governo federal e pelo Congresso Nacional. Governadores de estados endividados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, foram os principais críticos, com líderes como Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Leite (PSDB-RS) se manifestando contra.
Ajustes na Câmara dos Deputados
O Congresso Nacional está discutindo ajustes na representação na Câmara dos Deputados, com possibilidade de aumentar o número de cadeiras para atender à decisão do STF que determina a atualização da proporcionalidade segundo o Censo de 2022. O prazo para implementar a mudança é até junho de 2025. Estados como Rio de Janeiro, Paraíba e Bahia perderiam cadeiras, enquanto o Pará ganharia mais deputados. A ideia de aumentar as cadeiras enfrenta resistência devido aos custos políticos. Há também a proposta de um novo Censo para recontagem populacional. Deputados de diferentes estados já estão negociando as melhores soluções para ajustar a representação.
Michelle vai à posse de Trump
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que sua mulher, Michelle Bolsonaro, vai representá-lo na posse de Donald Trump, marcada para esta segunda-feira (20), em Washington. Isso ocorre após a negativa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de devolver o passaporte de Bolsonaro, apreendido desde fevereiro de 2024, devido à Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Em entrevista à Revista Oeste, Bolsonaro destacou a relação de amizade com Trump, ressaltando que sua esposa receberá um “tratamento especial” durante a visita. A decisão de Moraes se baseou no risco de fuga do ex-presidente, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou a viagem como de interesse privado.
Processo
O senador Flávio Bolsonaro (PL) entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por danos morais. Ele acusa Haddad de difamação, em virtude de uma declaração do ministro durante o anúncio da revogação de um ato normativo da Receita Federal. Haddad afirmou que as “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro foram combatidas pela Receita, com base em movimentações financeiras atípicas. O senador nega as acusações e solicita uma indenização de 40 salários mínimos (R$ 56.480), além de uma audiência de conciliação. A alegação é de que as declarações de Haddad visam retaliação por sua oposição à norma revogada.
Corporativo
Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) anunciou ontem que firmou um acordo com a Comissão Real de Jubail e Yanbu para reservar um terreno em Ras Al-Khair, na Arábia Saudita, com o objetivo de instalar um “mega hub”. O projeto, que será desenvolvido em duas fases, visa a produção de até 12 milhões de toneladas anuais de briquetes de minério de ferro, um produto com menor emissão de CO2 em sua produção em comparação com as pelotas. A mineradora disse que o projeto faz parte de sua estratégia para criar ecossistemas siderúrgicos integrados nos principais mercados globais.