Engie leva maior lote do 2º leilão de transmissão do ano

Elétrica se comprometeu a investir cerca de R$ 2,9 bilhões para construir linhas e subestações em cinco estados do Sul e Sudeste

Reuters

Torre de transmissão no Texas, EUA
14/03/2017
REUTERS/Lucas Jackson
Torre de transmissão no Texas, EUA 14/03/2017 REUTERS/Lucas Jackson

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A Engie Brasil (EGIE3) arrematou o maior projeto de transmissão de energia ofertado em leilão nesta sexta-feira (27), se comprometendo a investir cerca de R$ 2,9 bilhões nos próximos anos para construir linhas e subestações em cinco Estados das regiões Sul e Sudeste.

O lote 1 foi vencido pela elétrica de matriz francesa com uma proposta de deságio de 48,14% sobre a receita anual permitida (RAP), totalizando R$ 252,4 milhões. Participaram da disputa pelo ativo outras grandes companhias do setor elétrico, como Eletrobras (ELET3) e Copel (CPLE6), além do fundo Warehouse do BTG Pactual (BPAC11) e consórcios da Alupar (ALUP11) e das espanholas Cymi e Acciona.

O novo projeto de transmissão na carteira da Engie visa reforçar o sistema elétrico dos estados do Paraná e de Santa Catarina, além de atender Espírito Santo e algumas regiões de Minas Gerais. O prazo para conclusão do empreendimento é de 60 meses, e é estimada a criação de 5,8 mil empregos diretos.

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Foram ofertados ainda outros dois lotes de menor porte no certame, que ao todo deve exigir dos empreendedores cerca de R$ 3,3 bilhões em investimentos.

A Taesa (TAEE11) foi a vencedora do lote 3, com receita anual permitida (RAP) de R$ 17,76 milhões, o que representa um desconto de 53,45% ante o valor máximo que havia sido estabelecido. Esse projeto prevê a instalação de uma subestação no estado de São Paulo, com R$ 244 milhões em investimentos estimados.

O lote 4 ficou com a Cox Brasil, que ofertou uma receita anual permitida (RAP) de R$ 12,6 milhões deságio de 55,56% ante o valor máximo. O empreendimento prevê a construção de uma subestação na Bahia, com R$ 168,24 milhões em investimentos.

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A concorrência contou ainda com a participação das elétricas CPFL e EDF, empresas de engenharia e consórcios menores.

Esse foi o segundo leilão de transmissão de energia realizado pelo governo federal neste ano, em meio a esforços para ampliar e reforçar a rede elétrica nacional devido ao rápido crescimento da geração no país e ao crescimento do consumo de energia.

Na primeira licitação de 2024, realizada em março, foram ofertados 15 lotes de transmissão, com R$ 18,2 bilhões em investimentos, em disputa que teve a Eletrobras o BTG Pactual como principais vencedores.

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Para os próximos anos, o Ministério de Minas e Energia prevê pelo menos mais três leilões de transmissão de energia. Segundo calendário divulgado na véspera pela pasta, em 2025 haverá um único certame, em outubro. Já em 2026, os certames devem ocorrer nos meses de abril e outubro.

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