Eneva e PetroReconcavo estudam fusão, diz jornal; RECV3 salta, ENEV3 fecha estável

Esta é mais uma notícia sobre consolidação de empresas no setor de petróleo e energia

Equipe InfoMoney

Eneva (Foto: Divulgação)
Eneva (Foto: Divulgação)

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O noticiário sobre fusões e aquisições no setor de energia segue bastante movimentado. A Eneva (ENEV3) e PetroReconcavo (RECV3) voltaram a conversar sobre uma eventual fusão dos negócios, apurou o jornal Valor Econômico, segundo reportagem publicada na manhã desta quarta-feira (29). De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, o interesse da Eneva está no acesso ao gás. A transação na mesa mais provável seria por troca de ações. As conversas acontecem após negociações frustradas da Eneva com a Vibra (VIBBR3) e da PetroReconcavo com a 3R (RRRP3).

A reação do mercado de início foi tímida, mas depois houve uma reação mais forte dos papéis RECV3 especificamente, que fecharam com alta de 4,74%, a R$ 22,09. Já ENEV3 subiu apenas 0,40%, a R$ 12,50.

O Bradesco BBI aponta não descartar a possibilidade de uma fusão bem-sucedida, já que ambas as empresas poderiam se encaixar em um modelo de concessionária integrada de energia; no entanto, isso deve ser visto apenas como especulação por enquanto. “Por outro lado, se esta transação avançar, a reação do preço das ações dependeria dos termos de fusão propostos. Além disso, se a transação for confirmada, isso eliminaria definitivamente o overhang [excesso de ações no mercado] dos ativos ENEV3 com as notícias sobre fusões e aquisições com a Vibra”, aponta o banco.

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De acordo com Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a consolidação de empresas no setor de petróleo e energia, especialmente entre as companhias júnior, é um fenômeno que reflete as dinâmicas do mercado e as políticas governamentais do atual governo.

A fusão entre a Eneva e a 3R, por exemplo, representa uma estratégia para criar uma entidade mais robusta e competitiva, capaz de operar com maior eficiência e explorar sinergias operacionais e financeiras. No entanto, a complexidade dessas operações exige uma gestão cuidadosa para evitar a perda de processos e a diluição de sinergias.

“A experiência de outras empresas, como a Arezzo (ARZZ3), que em um primeiro momento incorporou a Reserva, enquanto do outro lado o Grupo Soma (SOMA3) incorporou inicialmente a Hering, sugere que uma abordagem faseada pode ser mais prudente, permitindo uma integração mais suave e a consolidação de ganhos antes de prosseguir com novas fusões”, avalia.

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A busca por sinergias antes da incorporação de novas empresas ao grupo pode ser uma estratégia mais adequada para garantir uma transição bem-sucedida e sustentável no longo prazo. A recente fusão proposta entre a Enauta (ENAT3) e a 3R, que prevê a incorporação das ações da Enauta pela 3R, é um exemplo de como as empresas estão buscando fortalecer suas posições no mercado.

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