Eneva: BBI espera despacho térmico alto com chuvas fracas e reforça compra para ENEV3

Analistas esperam um impacto muito positivo no Ebitda também com exportações

Felipe Moreira

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Em um cenário de alto despacho térmico e fortes exportações de energia, o Bradesco BBI reiterou recomendação de compra para ação da Eneva (ENEV3), com preço-alvo de R$ 16, o que representa um potencial de valorização de 17% frente a cotação de fechamento da última segunda-feira (9) de R$ 13,65.

Segundo o relatório, o terceiro trimestre de 2024 (3T24) está se configurando como um trimestre robusto, com um despacho total em cerca de 2.264 Gigawatts-hora (GWh) entre 1º de julho a 5 de setembro (94% acima do 3T23), o maior nível de despacho desde o 4T21.

O BBI também destaca que cerca de 36% da produção da Eneva foi relacionada a exportações (823GWh), o que deve ter um impacto muito positivo no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma vez que as exportações têm um preço de venda maior que fornecimento do mercado local.

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A cifra é o maior nível de exportação em um único trimestre desde que a Eneva começou a exportar eletricidade em 2022. Além disso, as exportações totais da Eneva no acumulado do ano (1.157 GWh) já são maiores do que as exportações totais no ano passado (1.016 GWh).

Olhando para o restante do 3T24 e 4T24, o BBI espera que as exportações de eletricidade devam desacelerar, já que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está solicitando à Eneva que despache suas usinas térmicas para fornecer eletricidade ao mercado local.

Por outro lado, o BBI espera que o despacho permanecerá alto nas próximas semanas, pois as chuvas continuam muito fracas e, para conservar a água nos reservatórios hidrelétricos, o ONS está optando por mais despacho térmico.

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Com base nesse cenário, o banco prevê um aumento de 18% (R$ 200 milhões) no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), totalizando R$ 1,3 blhão, ficando cerca de 23% acima do consenso de mercado.

No preço atual, a ação é negociada a uma taxa interna de retorno (TIR) real implícita de 11%, ou 490 pontos-base acima do rendimento real do título de longo prazo do Brasil.