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A Energisa (ENGI3) registrou um lucro líquido de R$ 474,7 milhões no terceiro trimestre de 2022, número 45% menor do que os R$ 863,9 milhões registrados em igual período de 2021.
Em parte, o recuo acompanha o desempenho da receita operacional líquida, que foi de 22%, saindo de R$ 6,6 bilhões para R$ 5,17 bilhões.
” O desempenho foi limitado devido ao menor Valor Novo de Reposição (VNR) reconhecido no trimestre, em função da redução do IPCA no período”, comenta a Energisa no documento publicado na noite desta quinta-feira (10).
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No braço de distribuição de energia, o faturamento da companhia recuou 14,1%, para R$ 6,19 bilhões, refletindo, principalmente, uma queda de 14,1% da bandeira tarifária.
No segmento de transmissão, contudo, houve um avanço de 111,8% da receita, chegando a R$ 759,3 milhões – não suficiente, porém, para compensar o recuo do primeiro. “No segmento de Transmissão, o crescimento de receita é explicado principalmente pela aquisição da Gemini, concluída em 10 de junho de 2022, adicionando R$ 279,3 milhões de receita”, explica a companhia.
Os custos e despesas operacionais, por sua vez, ficaram em R$ 4,09 bilhões, caindo 23,4% no ano. Isso se deu, em grande parte, devido ao menores gastos com energia comprada, que recuaram 36,2%, para R$ 2,46 bilhões. Nos custos e despesas controláveis, a Energia registrou uma alta de 7,7%, saltando de R$ 708,6 milhões para R$ 763 milhões (principalmente por conta do aumento das provisões).
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 1,97 bilhão, crescendo, apesar do recuo da receita, 12,6% na base anual – por conta do efeito negativo do VNR, com deflação, e com R$ 525,3 milhões referentes ao Ebitda societário de transmissão.
Apesar do aumento do Ebitda, espécie de lucro operacional, o resultado da Energisa foi impactado, por fim, pelo resultado financeiro, que subtraiu R$ 950,8 milhões do balanço – número bem superior ao saldo negativo de R$ 348,2 milhões do terceiro trimestre de 2021.
De acordo com a própria empresa, esse resultado se deu pelo aumento do custo médio da dívida, em meio a alta dos juros, e também pelo aumento da própria dívida.
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A Energisa fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 21,09 bilhões, contra R$ 20,8 bilhões em julho e R$ 17,2 milhões em março deste ano.
