Enauta propõe fusão com 3R Petroleum; RRRP3 sobe, ENAT3 e RECV3 caem

3R suspendeu momentaneamente traballhos internos para possível fusão com a PetroReconcavo

Felipe Moreira

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A petroleira Enauta (ENAT3) propôs uma combinação de negócios com a 3R (RRRP3), segundo fato relevante publicado na última segunda-feira (1º) à noite.

Em carta anexada ao comunicado, a Enauta sugere ficar com 47% da empresa combinada e os acionistas da 3R com 53%.

De acordo com a Enauta, a união traria uma produção potencial superior a 100 mil barris de óleo equivalente “com oportunidade de crescimento composto nos próximos cinco anos, e reservas operadas superiores a 770 milhões de barris”.

Diante da proposta, o Conselho de Administração da 3R deliberou que os esforços internos para possível combinação de negócios entre a companhia e a PetroReconcavo (RECV3) fossem momentaneamente suspensos, bem como que a Diretoria direcionasse esforços para avaliação da combinação de negócios com a Enauta no prazo de até 30 dias corrido.

No fechamento dos negócios, as ações da 3R Petroleum (RRRP3) subiram 0,73%, cotadas a R$ 33,34, ms chegaram a avançar 7%, reagindo positivamente ao negócio.

Enquanto isso, PetroRecôncavo (RECV3) recuou 9%, a R$ 21,07, refletindo a possível perda do negócio para a Enauta (ENAT3), que, por sua vez, caiu 11,09%, a R$ 25,73.

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3R e PetroRecôncavo: vem aí uma gigante onshore? O forte potencial para ações, mesmo se a operação não vingar

Fusão petroleiras: ENAT3 e RRRP3

Em janeiro, em carta, a sueca Maha Energy, que passou a deter 5% da 3R Petroleum, sugeriu ao Conselho de Administração da petroleira brasileira o desmembramento das operações onshore (campos terrestres) para incorporação pela PetroRecôncavo.

Na ocasião os dois ativos – RECV3 e RRRP3 – dispararam. 3R Petroleum subiu 7,62%, enquanto os papéis da PetroReconcavo saltaram 11,7%, mas, no melhor momento da sessão, as ações, respectivamente, subiram16,85% e 17,68%.

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Análise

Para o Bradesco BBI, a 3R precisará “pensar profundamente em relação a esta proposta de fusão (com Enauta)”, pois faria mais sentido, do que a proposta pela PetroRecôncavo.

Os analistas do banco enumeram os fatores:

“A notícia deverá pesar positivamente nas ações da 3R e negativamente nas ações da RECV, já que a potencial fusão com a 3R é o principal catalisador do nome e será colocada em espera por enquanto”, acrescentaram.

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Por fim, o BBA reforça que, semelhante ao acordo com RECV, poderia haver sinergias materiais relacionadas com SG&A e custo de capital que poderiam ascender a US$ 400-500 milhões.

Além disso, conforme a Enauta reforçou no comunicado, poderá haver sinergias comerciais entre os campos de Atlanta/Oliva com as refinarias da 3R. “Acreditamos que poderá haver outras sinergias no negócio offshore com Papa Terra”, completa o BBA.

“Vemos a proposta como positiva para a 3R principalmente porque fortalece a posição de negociar da empresa com ambos os potenciais parceiros, além de implicar um prêmio ao seu atual valor de mercado e ter o potencial de desbloquear sinergias”, afirmaram analistas do Safra em relatório a clientes.