Enauta: por que Santander segue aposta na ação após salto de mais de 100% em 12 meses

Produção da companhia e boas estimativas para novos campos em 2024 reforçam otimismo do banco com o papel

Camille Bocanegra

Enauta (Divulgação)
Enauta (Divulgação)

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Para o Santander, os resultados apresentados pela Enauta (ENAT3) na semana passada sugerem que a companhia poderá cobrir os gastos no sistema FPSO Atlanta e eventuais fusões e aquisições. Em relatório recente, o banco reviu estimativas para a companhia, elevou o preço alvo para o papel em 2024 e reiterou o a classificação de outperform (desempenho superior à média do mercado, similar à compra). O preço alvo para fim de 2024 estimado pelo Santander foi elevado de R$ 23 para R$ 33.

Os papéis da companhia vêm de valorização de mais de 100% nos últimos 12 meses, com alta de 25,18% só em 2024.

Os principais pontos que baseiam a visão mais positiva para o nome são a redução de pela estabilidade do sistema em Atlanta, o crescimento orgânico da companhia e a monetização de ativos não essenciais. Esses aspectos diminuem o risco de financiamento, uma vez que, com a produção atual, a Enauta já teria como cobrir cerca de US$ 229 milhões antes do primeiro óleo do novo sistema de Atlanta.

O FPSO foi adquirido em agosto de 2023 e a companhia espera que a operação se inicie em agosto de 2024, garantiu boas estimativas para o segundo semestre. Além disso, a companhia contaria com cerca de US$ 451 milhões em ativos que poderão ser monetizados.

O Santander cita também que uma aceleração nos planos para o campo de Oliva e potencial fechamento de fusões e aquisições também poderiam funcionar como catalisadores para os papéis da Enauta. As ações negociam com avaliação considerada atraente, com 1,6 vez o valor da companhia (EV) sobre o lucro antes do Imposto de Renda, contribuição social, resultado financeiro e despesas de amortização, mais despesas de exploração com poços secos ou sub-comerciais (EBITAX, na sigla em inglês).