Empresas “X” desabam, TIM cai com saída de Mangoni; veja destaques

Ainda entre os destaques, Eletropaulo chega a subir quase 14% com "short squeeze"; TIM, Banco Pine, JSL e Indústrias Romi divulgam resultados

Paula Barra

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SÃO PAULO – Depois de um início de pregão calmo, Ibovespa consolida perdas de 1,27% por volta das 13h20 (horário de Brasília), indo para 58.692 pontos, pressionado mais um pregão pela Petrobras (PETR3, -1,39%, R$ 16,37; PETR4, -2,43%, R$ 17,64). 

O resultado de 2012 fez as ações e os acionistas da Petrobras sofrerem na véspera, os papéis ordinários fecharam no menor patamar desde 2005. O pessimismo, contudo, não foi em vão. Com um lucro de R$ 21,18 bilhões no ano passado – o mais baixo em oito anos -, a empresa vem mostrando ao mercado uma sequência de estragos e medidas desastrosas adotadas nos últimos períodos.

Empresas “X” são penalizadas na bolsa
Também com participação relevante na carteira teórica do Ibovespa, as ações da OGX Petróleo (OGXP3) registram forte desvalorização nesta sessão de 4,77%, sendo cotadas a R$ 3,59. 

Outras empresas do Grupo EBX são penalizadas nesta sessão: LLX Logística (LLXL3; -4,72%, R$ 2,02), MMX Mineração (MMXM3; -4,28%, R$ 3,13), MPX Energia (MPXE3; -2,2%, R$ 9,78) e OSX Brasil (OSXB3; -5,56%, R$ 7,48). 

Ainda sobre o Grupo EBX, a coluna Radar, da Veja, informou que após seis meses no cargo, Otavio Lazcano não será mais o diretor-financeiro da holding, e será substituído por Armando Mariante, indicado por Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, novo braço-direito de Eike. Antes de virar CFO, Lazcano foi presidente da LLX por três anos.

Eletropaulo sobe quase 14% com “short squeeze”
Já do outro lado do Ibovespa, as ações da Eletropaulo (ELPL4) sobem 3,18%, sendo cotadas a R$ 14,29. Um movimento técnico conhecido como “short squeeze” fez com que as ações da empresa chegassem a subir 13,72% na máxima do dia, batendo os R$ 15,75. O short squeeze ocorre quando o preço da ação sobe de tal forma que os investidores que se posicionaram vendidos no papel buscam fechar suas posições (ou seja, comprar essas ações) e zerar a posição.

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Esse movimento técnico de alta surgiu em meio à dificuldade em alugar os papéis da Eletropaulo na sessão anterior, explica o analista Luis Gustavo Pereira, da Futura Investimentos. Na ocasião, o limite da razão entre as posições vendidas e o free float (quantidade de ações em que a empresa deixa determinada à livre negociação no mercado) extrapolou o estabelecido pela BM&FBovespa.

TIM lucra R$ 462,4 mi no 4° tri
Por sua vez, a TIM (TIMP3), segunda maior operadora móvel do Brasil, comunicou ao mercado nesta manhã lucro líquido de R$ 462,5 milhões, alta de 16,3% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 476 milhões entre os meses de outubro a dezembro, segundo pesquisa da Reuters.

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Em reflexo, as ações da companhia caem 1,49%, sendo cotadas a R$ 8,62. Na mínima do dia, os papéis chegaram a desvalorização de 2,86%, indo para R$ 8,5. 

A companhia anunciou na noite da véspera que seu diretor-presidente, Andrea Mangoni, renunciará ao cargo a partir de 4 de março, e que o conselho de administração deverá escolher o novo presidente “no menor prazo possível”, segundo fato relevante. 

Segundo a coluna Radar, da Veja, o principal motivo para a queda de Mangoni foi para recuperar a confiança dos acionistas – uma vez que ele tinha um relacionamento ruim em Brasília, tanto com o Ministério das Comunicações quanto com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o Palácio do Planalto. 

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Wilkes convoca reunião para discutir futuro de Abilio Diniz 
A Wilkes Participações, holding controladora do Pão de Açúcar (PCAR4), convocou reunião do Conselho de Administração que irá discutir sobre os rumores da possível ida de Abilio Diniz para o Conselho de Administração da Brasil Foods (BRFS3).

Em documento divulgado na última terça-feira (5) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o presidente do Conselho da Wilkes, Jean Charles Naouri, diz que serão avaliadas “as recentes e insistentes notícias” sobre a eventual eleição de Diniz e seus potenciais impactos para a rede varejista.

BNDES quer que CSN melhore proposta pela CSA
O plano do empresário Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (CSNA3), para ter o BNDES como parceiro na aquisição de ativos do grupo alemão ThyssenKrupp, enfrenta obstáculos que ultrapassam o litígio judicial que envolve a CSN e o banco, apurou o Valor.

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O BNDES pretende que a proposta do empresário para compra da Steel Americas – dona da CSA no Brasil e da Calvert Steel nos Estados Unidos – seja melhorada, de forma que se torne mais rentável. A CSN corre contra o tempo, já que o prazo para a entrega das propostas termina no próximo dia 15.

Vale deve vender ouro pelos próximos 20 anos
A Vale (VALE3; VALE5) assinou acordo com a SLW (Silver Wheaton Corp) para vender 25% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mina de cobre Salobo e 70% do ouro pagável de suas minas de níquel em Sudbury, comunicou a empresa nesta terça-feira (5). O acordo é válido por 20 anos.

A companhia deve receber um pagamento inicial em dinheiro de US$ 1,9 bilhão, mais 10 milhões de warrants da SLW com preço de exercício de US$ 65 e prazo de 10 anos, cujo valor é estimado em US$ 100 milhões. A companhia também receberá a quantia de US$ 1,33 bilhão por 25% do ouro pagável de Salobo e o conjunto de US$ 570 milhões e 10 milhões de warrants por 70% do ouro pagável de Sudbury.

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Nova rodada de negociações com ALL
Os fundos que compõem o bloco de acionistas da ALL América Latina (ALLL3) – Previ (Fundo dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários Federais), o braço de participações do BNDES (BNDESPar), além do BRZ ALL – querem uma atuação limitada da Rumo Logística, controlada pela Cosan (CSAN3), para que o grupo entre no bloco de controle da companhia ferroviária. Esse item está travando as negociações, apurou o Valor. Executivos da Cosan e dos fundos de pensão reúnem-se amanhã para dar prosseguimento às conversações. 

BTG cobra R$ 2,4 bi do UBS por impostos não pagos no Pactual
Autoridades brasileiras acusam o banco suíço UBS de não ter pago impostos que poderiam chegar a R$ 2,4 bilhões no período em que a instituição financeira suíça controlou o banco Pactual entre 2006 e 2009 no Brasil, informou o Estado de S. Paulo. 
Os dados fazem parte do relatório financeiro do próprio UBS, publicado ontem, menos de uma semana depois que o Palácio do Planalto deu o sinal verde para volta do banco suíço ao Brasil. 

Em 2006, o UBS colocou pela primeira vez os pés sobre o mercado brasileiro, comprando do empresário André Esteves o Pactual por US$ 3,1 bilhões. Mas a crise financeira internacional acabou atingindo o UBS, que foi resgatado por um pacote do governo suíço. Entre as medidas tomadas pelo UBS para se recuperar estava a venda de alguns negócios pelo mundo. Assim, em 2009, o banco vendeu o Pactual para o BTG (BBTG11), fundado justamente por André Esteves, que pagou US$ 2,5 bilhões por seu ex-banco.

JSL tem aumento de 57% na receita bruta do 4º tri
A operadora logística JSL (JSLG3) encerrou o quarto trimestre de 2012 com receita bruta consolidada de R$ 1,226 bilhão, o que representou um aumento de 57% em relação ao mesmo período de 2011. Segundo dados preliminares e não auditados, do total, R$ 923 milhões partiram do segmento de logística – expansão anual de 18% -, enquanto R$ 311,2 milhões foram originados pela área de concessionárias de veículos, só incorporada aos resultados consolidados em fevereiro de 2012.

Lucro do Banco Pine cresce 15,4% em 2012
Por sua vez, o Banco Pine (PINE3) terminou o ano de 2012 com lucro líquido de R$ 187 milhões, contra R$ 162 milhões no ano anterior, configurando uma expansão de 15,4%. O ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Líquido Médio) saiu de 17,2% para 17,9% em 2012, avanço de 0,7 ponto percentual. 

O saldo da carteira de créditos registrados em balanço atingiu R$ 7,948 bilhões em dezembro, 12,5% superior ao mesmo período de 2011

Indústrias Romi registra prejuízo de R$ 4,1 mi
Ainda entre os resultados, a Indústrias Romi (ROMI3) reportou receita operacional líquida no quarto trimestre de R$ 200,2 milhões, crescimento de 31,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Já o prejuízo líquido da empresa diminuiu entre os meses de outubro a dezembro, alcançando a marca de R$ 4,135 milhões, contra R$ 17,219 milhões no quarto trimestre de 2011. 

Segundo análise do BB Investimentos, o resultado da empresa no último trimestre mostrou os impactos dos incentivos governamentais concedidos à indústria, apresentando forte evolução da demanda registrada no período. Além disso, a recuperação veio melhor do que os analistas esperavam, tendo em vista que a projeção era de retomada ligeira nas receitas, bem como nas margens da companhia. 

Kroton propõe desdobramento de ações
A administração da Kroton (KROT3) anunciou proposta de desdobramento de ações a ser submetida à deliberação dos acionistas em assembleia geral extraordinária a ser realizada em 21 de fevereiro, às 10h (horário de Brasília) na sede da companhia.

O desdobramento proposto é na razão de 2 novas ações para cada 1 ação atualmente emitida, e tem como objetivo aumentar a liquidez dos papéis da empresa.

Caso seja aprovado, o crédito das novas ações decorrentes do desdobramento ocorrerá no dia 27 de fevereiro. 

Ideiasnet anuncia venda de participação em fundo de investimento
Ideiasnet (IDNT3) informou ao mercado que está em processo de negociação de venda de uma participação minoritária no Ideiasnet Fundo de Investimento, veículo através do qual investe nas principais empresas do portfólio, para a Paul Capital Advisors. 

Através da operação que está em fase de finalização das tratativas e ainda pendente de aprovação pelo CADE, o Ideiasnet FIP I e suas investidas ganham com a expertise do novo quotista e contarão com novos recursos a serem aplicados na valorização e posicionamento estratégico das investidas em suas respectivas áreas de atuação.