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A Embraer (EMBR3) anunciou na última segunda-feira (12), após o fechamento do mercado, que a companhia aérea Virgin Australia fez um pedido firme de 8 E190-E2s. Essas unidades têm como objetivo substituir a frota Fokker da Virgin, já que a companhia aérea atualmente não opera jatos Embraer (apenas modelos Fokker, Boeing e Airbus).
Além disso, a MSCI divulgou o rebalanceamento de seus índices globais. Com o rebalanceamento, a Embraer estará no MSCI (Morgan Stanley Capital International) Emergentes – a mudança entrará em vigor em 2 de setembro.
O Itaú BBA avalia que as duas notícias são positivas para a empresa, como as primeiras evidências de que a companhia está bem posicionada com bons produtos para se beneficiar dos gargalos de fornecimento de seus concorrentes. Os papéis fecharam com ganhos modestos, de 0,92% (R$ 43,90), mas acumulam ganhos de mais de 90% no ano, o maior avanço do Ibovespa.
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Segundo estimativa do BBA, o valor do pedido da Virgin Australia é de aproximadamente US$ 300 milhões (considerando preços de lista com desconto de 50%), o que deve aparecer no backlog do terceiro trimestre de 2024 (3T24).
Já a inclusão da empresa no MSCI “deve aumentar sua liquidez e trazer fluxo adicional para as ações, aumentando seu momentum”, diz o BBA.
O Itaú BBA reitera classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 36 ADR.
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De acordo com o BBI, o novo pedido firme da Virgin está em linha com as declarações recentes de Arjan Meijer, CEO da Embraer Commercial Aviation, de que a Embraer tem negociações em andamento para vender 300 aeronaves comerciais.
Na opinião do BBI, a Virgin Australia também poderia usar os E2s para substituir a frota de 9 B737-700s e não apenas os 3 Fokker-100s. De acordo com estimativas, o pedido de 8 E190-E2s poderia adicionar US$ 608,8 milhões ao backlog da Embraer, resultando em um impacto positivo de 3%.
O BBI também mantém classificação outperform e preço-alvo de US$ 40,00 por ADR.
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Já o JPMorgan projeta a adição de US$ 600 milhões ao backlog da Embraer, ao assumir um de aproximadamente US$ 75 milhões por aeronave, com o pedido sendo incluído no backlog reportado no terceiro trimestre.
Além disso, a CEO do Grupo Virgin Australia, Jayne Hrdlicka, afirmou em um evento que o novo E190-E2 entrará em serviço em outubro de 2025. Após o anúncio, o JPMorgan estima que o backlog atual da Embraer atinja cerca de US$ 27,8 bilhões, incluindo os pedidos confirmados do C-390 pelos Países Baixos e Áustria, as opções não exercidas do pedido de 250 jatos Praetor-500 pela NetJets, bem como as vendas do Super Tucano para a Força Aérea do Paraguai.
Na mesma linha que os outros bancos, o JPMorgan considera o anúncio como positivo, já que o backlog da empresa de aproximadamente US$ 28 bilhões é o maior já registrado, enquanto o índice book-to-bill (a proporção de pedidos recebidos em relação às unidades enviadas e faturadas em um período específico) da aviação comercial até o momento está em 4,5 vezes ou cerca de 1,6 vez quando considerado a orientação de entregas de 2024 no ponto médio (76 jatos comerciais).
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Com relação a revisão de agosto do MSCI, o JPMorgan prevê que haverá US$ 492 milhões em fluxos como consequência da inclusão do papel no componente da América Latina, no qual a Embraer agora representa cerca de 1% do MSCI EM.
O JPMorgan mantém recomendação equivalente à compra e preço-alvo de US$ 42, com os papéis da fabricante de jatos negociando a 8,4 vezes Valor da Firma (EV)/ Ebitda estimado para 2024.
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