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Em disparada de 76% em 2024 e a maior alta do Ibovespa, as últimas sessões foram positivas para a Embraer (EMBR3) com atenção a catalisadores que já estavam no radar do mercado desde o fim do semestre passado, além da sequência de avaliações otimistas sobre a capacidade da empresa de continuar a cumprir suas metas operacionais e de entrega.
Na véspera, o Citi, depois de se reunir com executivos da empresa, reforçou que a Embraer forneceu uma avaliação otimista da capacidade da empresa de entregar o que propõe, com a administração também citando a forte demanda global por seus principais produtos.
O Citi, que tem recomendação de compra para o ADR (recibo de ações negociadas nos EUA) ERJ, com preço-alvo de US$ 36, tem também visão positiva de curto prazo – de 30 dias – sobre a fabricante de aviões. No período, o banco apontou que a empresa pode reportar entregas robustas de aviões no segundo trimestre e carteira de pedidos firmes, o que pode solidificar a confiança para cumprir a sua projeção para 2024.
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O JPMorgan, que tem recomendação equivalente à compra para EMBR3 e preço-alvo de R$ 51 (US$ 40 para o ADR), reforçou ainda a proximidade da feira Farnborough Air Show 2024. O evento acontecerá entre 22 e 26 de julho e o banco tem expectativas positivas sobre ele, dado o potencial anúncio de novos pedidos nos segmentos comercial e de defesa.
Embora seja difícil prever um número de possíveis novos pedidos, houve apenas duas feiras aéreas presenciais nos anos pós-COVID-19, durante as quais a Embraer obteve pedidos combinados de 41 jatos comerciais: 13 ou cerca de US$ 1,6 bilhão em 2022 ( Farnborough) e 28 ou cerca de US$ 2,7 bilhões em 2023 (Paris). Com base no atual múltiplo EV/backlog (valor da empresa sobre a carteira de pedidos) da empresa de 0,30 vez, cada US$ 500 milhões em novos pedidos representaria um aumento de aproximadamente 3% no preço das ações, pelas estimativas do banco americano.
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O banco ainda reforça que, além dos novos pedidos, é importante acompanhar o preço das ações da Embraer. Isso porque, em 2023, as ações (ADR) subiram 12% nas três semanas anteriores ao evento (30 de maio a 16 de junho) e caíram 13% durante o evento (19 a 23 de junho), uma vez que os investidores já haviam precificado potenciais anúncios positivos. O banco vê a Embraer sendo negociada a 6,5 vezes o EV/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) esperado para 2025 versus Boeing a 18 vezes e a Airbus a 9 vezes.
Com base em dados históricos, o JPMorgan espera que a Embraer anuncie na frente comercial de 10 a 20 novos pedidos, representando US$ 700 milhões a US$ 1,6 bilhão em novos pedidos em carteira, dependendo do mix entre os jatos E175 e E2. “Na frente de defesa, acreditamos que poderíamos ver vendas adicionais de C-390, talvez de 1 a 4 unidades, com um preço médio de aproximadamente US$ 100 milhões”, aponta.
Cabe destacar que, nesta semana, o Bradesco BBI elevou o preço-alvo para os ADRs de US$ 30 para US$ 40 e reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).
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A revisão no preço incorporou US$ 300 milhões do esperado processo de arbitragem bem-sucedido contra a Boeing, bem como a probabilidade de que as entregas de aeronaves comerciais alcancem a marca de 100 até 2026. O cálculo anterior dos analistas estimava 80 aeronaves comerciais sendo entregues a cada ano.
Eles acrescentaram que a Embraer tem outras opções que não estão precificadas e ainda não estão incorporadas ao novo preço-alvo, como a venda de até 80 modelos C390 para a Índia, que poderia adicionar US$ 4,40 por ADR. A equipe do Bradesco BBI também cita nesse grupo um pedido potencial de até 40 aviões C390 pela Arábia Saudita, que poderia adicionar US$ 2,20 ao ADR, bem como destaca que a certificação bem-sucedida da sua controlada Eve em 2025 aumentaria potencialmente o preço-alvo do ADR em US$ 3,20.
(com Reuters)