Embraer (EMBR3) recebe pedido de cinco aviões E195-E2 por US$ 389,4 mi e eleva otimismo com ações

Carteira de pedidos do quarto trimestre deve atingir aproximadamente US$ 18,2 bilhões no quarto trimestre, nível mais alto desde o 1T18

Felipe Moreira

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A fabricante de jatos Embraer (EMBR3) recebeu quarta-feira (30) um novo pedido firme para cinco aeronaves E195-E2 de uma companhia aérea não revelada, que tem planos otimistas de crescimento nos próximos anos, o que foi considerado positivo pela Itaú BBA.

Até o final de 2023, a Embraer entregará quatro aeronaves e a última no início de 2024. O valor do contrato será de US$ 389,4 milhões, sendo adicionado à carteira de pedidos do quarto trimestre (que atingiu US$ 17,8 bilhões no 3T22), levando-a aproximadamente US$ 18,2 bilhões, o nível mais alto desde o 1T18.

A Embraer disse que a companhia aérea não revelada tem planos ambiciosos de crescimento futuro, por isso acredita que novos pedidos deste cliente no futuro são prováveis.

Em uma nota mais cautelosa, o Itaú BBA avalia que a Embraer e seus pares têm se orientado para os desafios em 2023 em termos de questões da cadeia de suprimentos devido a: i) falta de componentes vindos da China por causa de sua política de Covid zero; ii) falta de matérias-primas; e iii) aumento dos custos de energia e mão de obra.

JP Morgan destaca que o anúncio hoje é positivo para o crescimento da carteira de pedidos da Embraer, fator que sustenta a classificação do banco de overweight (equivalente à compra) para os ADRs (os recibos de ações negociados pela companhia na Bolsa de Nova York) e deve melhorar o otimismo sobre os ativos após os fracos resultados do terceiro trimestre de 2022.

O Itaú BBA mantém avaliação outperform (equivalente à compra) para os ADRs da Embraer, com preço-alvo de US$ 21.