Embraer (EMBR3) recupera grau de investimento e atesta bom momento; ação sobe 2,2%

Reclassificação se deve a melhoria na geração de caixa e perspectiva positiva para as quatro unidades de negócios

Felipe Moreira

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A agência de classificação de risco Fitch elevou, na última sexta-feira (20), a Embraer (EMBR3) para grau de investimento com uma classificação de crédito de BB+ para BBB-, na sequência da S&P, esta última que elevou a fabricante de jatos para grau de investimento em fevereiro deste ano. Com isso, a fabricante de aeronaves agora se junta ao grupo de empresas de grau de investimento como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), entre outras. As ações EMBR3 subiram 2,20%, a R$ 49,31, nesta segunda-feira (23), acumulando ganhos de 119% em 2024.

O Bradesco BBI comenta que, como esperado, após a conclusão da arbitragem com a Boeing, ainda que não tenha sido bem recebida pelo mercado, a empresa recuperou o grau de investimento devido a: (i) melhoria na geração de caixa; e (ii) perspectiva positiva para as quatro unidades de negócios: aviação comercial, aviação executiva, defesa e serviço & suporte.

O BBI reiterou recomendação de compra para Embraer, com um preço-alvo de R$ 52,00 para 2025.

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A equipe de research do JPMorgan, por sua vez, avalia que a recuperação do status de grau de investimento tem um impacto positivo, embora indireto, para os investidores.

O JPMorgan destaca que é a primeira vez desde o início da pandemia de COVID-19 que a Embraer recupera seu status de grau de investimento.

Na opinião do banco, ser grau de investimento beneficia a empresa das seguintes maneiras: i) atesta a qualidade do processo de recuperação da empresa, reduzindo as preocupações com seu alavancagem e confirmando suas sólidas finanças; ii) potencialmente reduz o custo de dívida da empresa, melhorando sua margem líquida; e iii) aumenta o pool de investidores de ações dispostos a adicionar a ação.

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Atualmente, a empresa possui cerca de US$ 1,8 bilhão em notas garantidas emitidas nos mercados internacionais com vencimento em 2027, 2028 e 2030.

O JPMorgan vê a Embraer negociando a 8,0 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025 em comparação com Arbus a 9,2 vezes, Boeing a 18,0 vezes e Bombardier a 7,8 vezes. O banco ainda reiterou classificação de compra e preço-alvo de US$ 42 para os ADRs (recibo de ações negociados na NYSE) ERJ.