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A fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3), cuja ação registra a maior alta do Ibovespa no ano, realizou ontem (29) um evento na B3 para comemoração do seu 55º aniversário, 35 anos listada na B3 e revisitou suas perspectivas para suas principais divisões.
O time de análise da XP Investimentos comenta que as tendências de crescimento ficaram no centro das discussões no evento, com a expectativa de que novos pedidos continuem a impulsionar um crescimento de dois dígitos no curto prazo. Isso reflete (i) campanhas em andamento na frente comercial, (ii) momento sólido contínuo para jatos executivos e (iii) aumento da aceitação do C-390.
Além disso, segundo o relatório, dadas as atuais condições de oferta apertada no mercado e a otimização da capacidade da Embraer, a rentabilidade marginal deve continuar sua trajetória ascendente.
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Diante disso, a XP vê a recente reavaliação dos múltiplos já refletindo as expectativas de melhora de fluxo de caixa livre esperadas, reiterando sua recomendação neutra para as ações e preço-alvo de R$ 45.
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Olhando por divisões, o BTG disse gostar das perspectivas mencionadas no evento para aviação comercial no mercado dos EUA, com as companhias aéreas buscando completar seu portfólio.
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Na Aviação Executiva, a mensagem foi de uma dinâmica de mercado suportada e volumes sólidos, sinalizando espaço para mais crescimento. Na divisão de Defesa, relataram forte atividade comercial para o C-390 e o A-29.
Além disso, a reestruturação da dívida da Azul (AZUL4) também foi discutida, mas o BTG não vê riscos para o setor de aviação. “A aviação é um setor cíclico e os últimos dois anos foram extremamente fortes, e a capacidade limitada de oferta deve ajudar a garantir o crescimento de volume e a rentabilidade”, comenta.
Com um momento de resultados sólido e um valuation atrativo, o BTG mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 55.
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O JPMorgan, por sua vez, comenta que as apresentações reforçaram sua visão positiva sobre a Embraer, à medida que todos os segmentos transmitiram uma mensagem de crescimento contínuo da receita, sustentada por um forte backlog (carteira de pedidos) de US$ 21 bilhões e margens em melhoria devido à maior eficiência e melhores acordos comerciais a partir de campanhas de vendas recentes.
A equipe de research do banco americano também destaca que o segmento Comercial pode alcançar entregas de três dígitos até 2026, o segmento Executivo pode aumentar as entregas para 160 a 170 por ano, Defesa tem várias negociações que podem aumentar significativamente a produção, e Serviços continuará a crescer a dois dígitos.
O JPMorgan reitera recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 59, pois vê a Embraer sendo negociada a 7,6 vezes EV/Ebitda (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025, bem abaixo dos seus pares Boeing (BA) está a 19,2 vezes e Airbus (AIR) a 9,8 vezes.