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A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quinta-feira (6) que sua carteira de pedidos total atingiu US$ 26,3 bilhões no 4T24, o que representa o maior volume registrado pela empresa em sua história.
Para JPMorgan, o destaque foi a aviação executiva, com backlog de US$ 7,4 bilhões, uma elevação de 70%, já incluindo o pedido recorde de ontem. O backlog de defesa alcançou US$ 4,2 bilhões, alta anual de 68%, enquanto o de aviação comercial foi de US$ 10,2 bilhões, aumento de 15% na base anual.
Apesar do forte desempenho das ações na quarta-feira, o JPMorgan esperava uma reação positiva hoje, já que os dados do backlog reforçam o otimismo sobre a Embraer. No entanto, o que se viu foi o contrário. Os papéis da companhia caíram 2,82%, a R$ 64,50, com realização de lucros por conta da disparada de 15,5% da ação na véspera.
O book-to-bill (termo financeiro) foi de 2,2 vezes, segundo JPMorgan, indicando um crescimento sólido à frente e justificando múltiplos mais altos em relação aos níveis históricos.
Com a ação negociando a 9,5 vezes Valor da Firma (EV)/EBITDA para 2025, contra 39,1 vezes da Boeing (BA), 12,4 vezes da Airbus (AIR) e 7,1 vezes da Bombardier (BBD/B), o JPMorgan reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 78.
O Bradesco BBI destaca que as entregas foram sólidas e a empresa atingiu o limite superior de sua orientação atualizada de entrega de aeronaves comerciais de 70-73 aeronaves e o ponto médio de sua orientação de entrega de 125-135 aeronaves executivas para 2024.
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“Além disso, vale destacar o progresso relacionado à iniciativa da empresa de reduzir a concentração de entregas relacionadas à aviação executiva no quarto trimestre do ano, já que no 4T24 representou 34% do total anual versus uma média de 45% nos últimos cinco anos. Essa melhora pode ser atribuída a uma melhora gradual na cadeia de suprimentos, que a administração da Embraer espera que continue capturando ganhos relacionados a esse tópico ao longo de 2025”, avalia.
O banco também destaca o pedido recorde de US$ 7 bilhões feito pela Flexjet para jatos executivos, que deve adicionar US$ 390 milhões em VPL (Valor Presente Líquido), ou US$ 2,10/por ADR (recibo de ações negociado no mercado americano) ERJ.
“Por fim, os investidores provavelmente aguardarão ansiosamente o guidance da empresa para 2025, que está programado para ser divulgado junto com seus resultados de lucros em 27 de fevereiro, antes do mercado”, avalia. O banco fez pesquisa com gestores sobre o tema e concluiu que há a expectativa de que, em média, a Embraer entregue uma faixa de 75-80 aeronaves comerciais em 2025, e uma faixa de 141-145 entregas de aeronaves para aviação executiva.
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“Somos mais construtivos e assumimos a entrega de 85 aeronaves durante 2025 para a aviação comercial, e 140 jatos executivos a serem entregues para aviação executiva”, avalia, mantendo recomendação equivalente à compra para o papel e preço-alvo de US$ 43 para o ADR.