Embaixadores da União Europeia aceitam adiar implementação da lei de desmatamento

Adiamento acontecerá até fim de dezembro do ano que vem

Reuters

Área desmatada perto de uma das últimas florestas primitivas da Europa, as florestas de Bialowieza, na Polônia (REUTERS/Kacper Pempel)
Área desmatada perto de uma das últimas florestas primitivas da Europa, as florestas de Bialowieza, na Polônia (REUTERS/Kacper Pempel)

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Os embaixadores da União Europeia concordaram nesta quarta-feira em postergar para até o fim de dezembro do ano que vem a implementação da lei de desmatamento , considerada um divisor de águas no tema, informou comunicado.

A Comissão propôs o adiamento neste mês após intensa pressão de alguns estados-membros e de grandes exportadores de produtos agrícolas como Brasil e Malásia.

A lei havia sido acordada em junho de 2023 e deveria entrar em vigor em 30 de dezembro deste ano.

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O desmatamento é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa causadores das mudanças climáticas, logo depois da queima de combustíveis fósseis, segundo a Comissão Europeia.

Conhecida como EUDR, a lei vai exigir que empresas importadoras de produtos como carne bovina, café, óleo de palma e madeira provem que suas cadeias de suprimentos não contribuem para a destruição das florestas no mundo ou podem enfrentar multas pesadas.

Produtos produzidos em terras que não foram desmatadas ou degradadas após 31 de dezembro de 2020 são considerados oriundos de áreas livres de desmatamento.

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Grandes operadores e traders terão de cumprir a lei até 30 de dezembro de 2025, enquanto empresas de pequeno e médio porte terão até 30 de junho de 2026.

O atraso ainda precisa ser submetido a votação no Parlamento Europeu.