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SÃO PAULO – As medidas intervencionistas tomadas pelas principais autoridades monetárias do mundo no combate à crise financeira vêm se mostrando bem-sucedidas, ao menos no mercado interbancário, em que as taxas de juros seguem em forte declínio após a disparada ocorrida semanas atrás.
A Libor, taxa interbancária londrina, referente a empréstimos em dólar e com vencimento em três meses, mostra uma queda de 36 pontos-base na manhã desta segunda-feira (20), atingindo com isso o patamar de 4,06%. A baixa é a maior dos últimos nove meses e vem acompanhada de movimentos semelhantes em outras referências.
A Euribor, taxa que regula as operações interbancárias realizadas por meio do euro, registra seu sétimo recuo consecutivo nesta manhã, caindo 5 pontos-base.
A tendência de queda nos juros não é exclusiva dos mercados europeus. Em Hong Kong, a taxa interbancária apresentou nesta segunda-feira um expressivo recuo de 53 pontos-base, o maior dos últimos dez anos.
Referências favoráveis
A trajetória generalizada de queda nas taxas deve-se a novos pacotes de resgate a instituições financeiras pelo mundo. A começar pela Coréia do Sul, onde o governo deve desembolsar US$ 130 bilhões no combate à crise. Montante ainda maior foi anunciado pelo governo sueco para ajudar o sistema bancário do país: cerca de US$ 203 bilhões.
Por sua vez, o governo holandês anunciou que irá aplicar algo em torno de US$ 13, 4 bilhões na seguradora ING, em sérios apuros contábeis com a crise no mercado. A operação consistirá na aquisição de ações ordinárias da firma e na seleção de dois membros para seu conselho administrativo.
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Por fim, repercutem positivamente ainda as declarações de Jean-Claude Trichet, presidente do BCE (Banco Central Europeu). “Espero que os bancos comecem a normalizar suas relações”, afirmou, prevendo que o sistema bancário do continente esteja a caminho da recuperação.